Maranhense se destaca em projetos voluntários em comunidades da Nigéria

Ela, que é filha da gestora da escola Sagarana 2, em São Luís, vai participar de um evento da Organização das Nações Unidas (ONU) neste mês

Fonte: Da Redação / Autor: Nelson Melo

A maranhense Mirian Luzia Carvalho Fonkam, de 20 anos, está se destacando no continente africano por seus projetos sociais em comunidades da Nigéria. Natural de São Luís, a jovem já realizou diversas ações voluntárias que beneficiaram moradores daquele país, como alfabetização em inglês e informática básica. Ela vai participar de um evento da Organização das Nações Unidas (ONU) neste mês.

Em entrevista concedida ao Jornal Pequeno, Mirian Carvalho relatou que organizou uma ação social na comunidade nigeriana Yola com jovens, influenciada pelo projeto brasileiro “Altas Habilidades”, com o objetivo de captar talentos. “Eu fiquei muito entusiasmada com as apresentações. Então, eu estudei a possibilidade de trazer a ideia para a Nigéria, para a comunidade local”, assinalou a maranhense, que é estudante do 6º período de Ciência da Computação na Universidade Americana da Nigéria.

Segundo Mirian, que é filha de Cleude Maria Carvalho (gestora do Centro de Ensino Sagarana 2, em São Luís), o projeto era uma agência de captação de talentos, para aprimorar as habilidades dos jovens, a fim de mostrar caminhos para que saíssem da situação de pobreza. A universitária disse que entrevistou dois educadores de lá e doou materiais (para desenho, costura) para as crianças e adolescentes talentosos de uma escola. Uma das meninas beneficiadas confeccionou um colar e presenteou Carvalho com o objeto, em sinal de gratidão.

A maranhense contou que ficou muito emocionada quando recebeu o presente, sendo que isso aconteceu no último dia em que esteve naquela escola para o projeto, que a jovem chamou de “Talent Spotlight”. Além disso, Mirian Carvalho levou alfabetização nas comunidades, em inglês e informática básica. “No primeiro semestre da universidade, ajudei no ensino do inglês para mulheres adultas. E, também, fui professora voluntária em um curso de informática básica de seis semanas para adultos”, relembrou a jovem.

Mirian Luzia também falou sobre o “Modelo Nações Unidas”, projeto de simulação da ONU que serve para que as pessoas compreendam como a organização funciona na prática. A universitária, inclusive, vai representar a Mongólia em Nova Iorque, nos EUA, no próximo dia 12 de abril, na Comissão sobre o Status da Mulher.

Empreendedorismo na informática: como parte de uma competição internacional de empreendedorismo conhecido como “Hult Prize”, Mirian, juntamente com mais dois parceiros, desenvolveu uma plataforma denominada de Youla, que é uma rede social utilizada para aperfeiçoamento profissional de jovens. “Criamos a empresa”, enfatizou a maranhense, “para responder ao desafio do Hult Prize de ter uma ideia de negócio que crie ou ofereça o caminho para a criação de inúmeros empregos para jovens nos próximos 10 anos”.

Ela frisou que, depois de se formar na Universidade Americana da Nigéria, vai se dedicar, integralmente, ao projeto da empresa. “Quero ser sempre uma cidadã global e a Ciência da Computação permite essa flexibilidade”, finalizou a maranhense.

 

Fechar