Comunidades quilombolas de Alcântara tem equipamentos de produção assegurados por Roberto Rocha

O contato com as comunidades quilombolas de Alcântara foi feito por meio da visita às Agrovilas Peptal e Só Assim

Da redação: Gustavo Bogea

O Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, foi recebido com muito entusiasmo em Alcântara pelas comunidades remanescentes de quilombolas, no último domingo,14. Ele foi acompanhado do senador Roberto Rocha (PSDB), um dos principais entusiastas do acordo de salvaguarda tecnológica entre Brasil e Estados Unidos. É dele a proposta que destina 1% do faturamento do uso da Base para melhorias de comunidades carentes do Maranhão.

Além de Roberto, a agenda com o ministro foi acompanhada também por parlamentares, integrantes do poder executivo, vereadores alcantarenses e lideranças comunitárias. Como parada inicial, a comitiva foi à escola Caminho das Estrelas, que funciona dentro da área do CLA e atende a alunos do ensino fundamental, filhos de militares e da população Alcantarense.

Durante a programação, Marcos Pontes explicou as vantagens do acordo comercial com os Estados Unidos. “Trata-se de um ambiente ideal para troca de experiências, conhecimento e também parcerias com universidades americanas e brasileiras. As empresas têm interesse comercial. A ideia é que o centro gere recursos para o programa espacial e para as comunidades em torno”, informou o ministro, que reafirmou que o uso militar dos Estados Unidos sobre o território brasileiro não ocorrerá. “A base de Alcântara pertence ao Brasil e o controle é absolutamente nacional. O objetivo do acordo é tornar o centro espacial de Alcântara para uso comercial e promover o bem-estar da população local”, disse.

O contato com as comunidades quilombolas de Alcântara foi feito por meio da visita às Agrovilas Peptal e Só Assim, ocasião em que foram ouvidas as demandas dos moradores. A primeira comunidade visitada foi Peptal, que fica aproximadamente 12 km de Alcântara. Na ocasião, o ministro falou de como elas serão beneficiadas com esse projeto aeroespacial.

“Faz tempo que eu queria vir aqui, porque sei da importância de conhecer, de conversar com as pessoas, de ouvir as suas reivindicações para saber o que já existe, o que pode ser melhorado e até onde podemos audar”, disse.

Ainda em Peptal, Marcos Pontes e Roberto Rocha fizeram a entrega oficial da primeira das 500 cisternas que serão instaladas nas comunidades de Alcântara, por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba- Codevasf. Segundo Rocha, essa foi uma, das inúmeras melhorias que ele está viabilizando para as comunidades de Alcântara, por meio da Companhia.

“As cisternas são equipamentos públicos muito importantes feitos pelo governo federal, e que irão atender as necessidades das comunidades. Como Alcântara fica muito na beira do mar, muitas vezes o poço tem a água salobra e essa solução agrada muito a população. Além disso, ainda iremos trazer outros benefícios. Por esta razão estamos aqui hoje”, afirmou Rocha.

Após a visita à Peptal, o ministro e o senador seguiram para uma reunião na Agrovila Só Assim. Lá, eles foram recepcionados com uma apresentação do Tambor de Crioula, expressão de matriz afro-brasileira que envolve dança circular, canto e percussão de tambores.

Durante a reunião, representantes das comunidades entregaram a Roberto Rocha um ofício com uma série de pleitos para melhorar o dia a dia da comunidade. Eles solicitaram equipamentos de pesca e implementos agrícolas. O senador assegurou o seu empenho e garantiu que as demandas serão atendidas, e marcou data para a entrega: 1º de maio, Dia do Trabalho. Assegurou, também, que além do que foi solicitado, a comunidade receberá um trator agrícola para que possam preparar a terra e produzir. “Não estamos dando nada. Só estamos entregando a eles um bem a que têm direito, pois o recurso é público, é para esse fim.”

Roberto Rocha afirmou que a ida do ministro à Alcântara foi extremamente importante, visto que conhecer realidade das comunidades quilombolas é o primeiro passo para reafirmar as mudanças que vão garantir melhor qualidade de vida advindas com o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas.

“Propus ao Governo Federal a criação de um fundo social, para que as comunidades vulneráveis do Maranhão sejam beneficiadas com o uso comercial da Base. Os recursos serão investidos nas comunidades quilombolas, indígenas, quebradeiras de coco e assentados. Vamos trabalhar para promover a emancipação econômica e social dessa parcela carente do Maranhão, em especial, das famílias tradicionais e comunidades quilombolas de Alcântara”, concluiu Roberto Rocha.

Fechar