Tiago Bardal é expulso da Polícia Civil do Maranhão

De acordo com as investigações, os casos de extorsão começaram em 2015, quando Bardal era o delegado-chefe do setor de inteligência da polícia em Imperatriz

Da redação: Gustavo Bogea

Tiago Bardal, ex-superintendente da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), foi expulso da Polícia Civil do Maranhão. Ele foi preso pela primeira vez em fevereiro de 2018, suspeito de envolvimento com uma quadrilha de contrabandistas que atuava em São Luís. Bardal chegou a ser solto mas voltou a ser preso em novembro.

De acordo com as investigações, os casos de extorsão começaram em 2015, quando Bardal era o delegado-chefe do setor de inteligência da polícia em Imperatriz. Segundo a Secretaria de Segurança, o valor negociado seria em torno de R$100 mil reais por mês, para proteger a maior quadrilha de assaltantes de banco com atuação no Maranhão, Pará e Tocantins.

O Caso

De acordo com as investigações, o grupo criminoso agia em São Luís e Imperatriz facilitando as ações de uma quadrilha de assalto a bancos do Pará. Detalhes da operação foram repassados por membros da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-MA).

“A investigações estavam em curso e nossos policiais monitorando o delegado. Essa operação é fruto de uma denúncia que, à época, não foi considerada pela justiça e que agora culminou na descoberta de mais esse crime. Esse grupo integra uma quadrilha interestadual, de alta periculosidade, e agora serão apuradas outras ramificações”, pontuou o titular da SSP-MA, Jefferson Portela.

A ligação de Bardal com a quadrilha paraense teria se fortalecido entre 2015 e 2016, quando o delegado chefiava a Superintendência Estadual de Investigação Criminal (Seic), órgão da Polícia Civil. O cargo facilitava obtenção de informações privilegiadas e, assim, possibilitava as negociações com a quadrilha de assalto a banco. Pelo apoio, chegou a receber R$ 100 mil por assalto para não prender as quadrilhas; e os advogados, para garantir a liberdade dos criminosos.

“Eles sabiam quais os criminosos e na ocasião dos assaltos, em lugar de prendê-los, negociavam a liberdade em troca de dinheiro”, explica o superintendente de Combate à Corrupção Seccor, da Polícia Civil, Roberto Wagner Fortes.

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