Editor do Intercept confirma convite para depor na Câmara

Responsáveis pelo convite – deputados Márcio Jerry (PCdoB-MA), Camilo Capiberibe (PSB-AP), Carlos Veras (PT-PE), Túlio Gadelha (PDT-PE) e Helder Salomão (PT-ES) – esperam dirimir dúvidas sobre a veracidade das denúncias e o conteúdo do material divulgado

Fonte: Da Redação

Glenn Greenwald irá à Câmara dos Deputados na próxima terça-feira (25). O jornalista responsável pela divulgação de mensagens que colocaram o ministro Sérgio Moro no centro de uma crise nacional confirmou presença na audiência na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), na qual comentará a atuação de juízes e procuradores brasileiros na Operação Lava Jato.

O encontro antecederá a visita de Moro à Câmara, agendada para o próximo dia 26.

Diante de Greenwald, os responsáveis pelo convite – deputados Márcio Jerry (PCdoB-MA), Camilo Capiberibe (PSB-AP), Carlos Veras (PT-PE), Túlio Gadelha (PDT-PE) e Helder Salomão (PT-ES) – esperam dirimir dúvidas sobre a veracidade das denúncias e o conteúdo do material divulgado. O grupo parlamentar ainda espera entender até onde as conversas reveladas pelo Intercept são capazes de evidenciar suposta “violação dos princípios do processo legal” e/ou “parcialidade no andamento da operação”.

Crítico do governo Bolsonaro, Márcio Jerry, também autor de dois textos de convocação de Sérgio Moro, apontou que a visita do editor do site ‘The Intercept Brasil’ ainda representa uma chance para que sejam detalhadas supostas ameaças que Greenwald e o marido, deputado Davd Miranda (PSOL-RJ), viriam sofrendo a partir da repercussão do caso. Na última terça (18), Jerry lembrou que a CDHM tem a missão institucional de apurar a origem de supostas intimidações, e, ainda, que não há qualquer evidência de ilegalidade. “Não há configuração de crime porque as revelações vêm sendo feitas no exercício da liberdade de imprensa”, defendeu.

Durante a apreciação do pedido de comparecimento do jornalista à Casa, segundo Jerry, deputados do PSL chegaram a definir Glenn Greenwald como ‘persona non grata’ no país e questionar a validade do seu diploma americano no Brasil.
O comparecimento do editor do Intercept deve suscitar, também, questionamentos sobre a polêmica atuação do site, considerada por governistas como criminosa.

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