Disputa de robôs em São Luís tem segredos, desafios e resgates

Competição realizada pela primeira vez em São Luís, o torneio internacional de robótica está sendo realizada no Golden Shopping Calhau

Fonte: Secap

Eles pegam latinhas que simulam vítimas, desviam de obstáculos, sobem rampas, reconhecem espaço e até disputam força com um cabo de guerra entre si. Feitos a partir de legos educacionais, componentes eletrônicos e muita lógica para a programação dos sistemas, os robôs que disputam a International Tournament of Robots de 2019 desafiam os estudantes e despertam a torcida sempre que uma tarefa é concluída ou, por muito pouco, não é completada.

Competição realizada pela primeira vez em São Luís, o torneio internacional de robótica está sendo realizada no Golden Shopping Calhau. A sede foi escolhida após os resultados do Instituto de Educação Ciência e Tecnologia (IEMA) na área.

Os competidores são de diversas partes do país e a disputa inclui desde a rivalidade até os segredos das equipes.

“A gente prefere deixar os robôs guardados enquanto não está competindo ou depois que já fez os ajustes para as outras equipes não olharem, não correr o risco de copiar alguma coisa que está dando certo”, disse Maxley Pereira Furtado, aluno do IEMA de Pindaré que veio com outros nove estudantes do mesmo instituto.

O grupo trouxe cinco robôs diferentes para competir e está competido em cinco modalidades: Viagem ao Centro da Terra, Resgate de alto risco, Resgate no Plano, Registro Multimidiático e Cabo de Guerra.

Robôs

Para concorrer, os grupos que vieram dos estados de Pernambuco, Santa Catarina, Paraíba, Amazonas, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Maranhão se dividem em equipes e cada uma delas pode competir em diferentes modalidades.

Cada modalidade exige um tipo de robô que precisa passar por desafios até chegar à etapa final, que revela um vencedor.

Na modalidade de Viagem ao Centro da Terra, por exemplo, os robôs construídos pelas equipes competidoras precisam realizar tarefas específicas, como percorrer todo um circuito identificando as marcações feitas no solo e desviando quando necessário.

Mas para a maioria dos competidores, uma das mais complexas e que exige mais dos estudantes é a de resgate de risco. Nessa, os pequenos equipamentos precisam, além de percorrer uma rota que vão identificando ao longo do desafio, desviar dos obstáculos, subir terrenos com rampas e resgatar a vítima – latinhas, para levá-las a pontos específicos, tudo isso sem intervenção humana.

“É um desafio sim porque exige, principalmente, muita programação, porque a gente não tem controle depois que solta o robô nessa modalidade, ele faz tudo sozinho, por isso a gente faz muitos testes antes”, disse Dayvson Tavares, estudante que veio do Instituto Federal da Paraíba, Campus Cajazeiras.

Técnico do laboratório de Robótica que acompanha Dayvson, Alberto Granjeiro explicou que o próximo passo com os estudantes do instituto é o estudo e desenvolvimento de robôs com componentes próprios.

“Usamos o Lego Educacional e ele é limitado em alguns aspectos, mas muito bom para eles aprenderem programação, nosso próximo passo é criar os componentes próprios”, disse Alberto.

Competição

O International Tournament of Robots está sendo realizado em São Luís desde a última quarta-feira (26) até o domingo (30). No total, 78 equipes participam da competição.

Do Maranhão também participam equipes do IEMA Axixá e São Luís e dos clubinhos de Robótica de Coroatá, Codó, São Mateus, São Luís e Cintra/São Luís; além do Instituto Federal do Maranhão, Campus São Luís.

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