Por que algumas pessoas são mais picadas por mosquitos do que outras?

Os seres voadores escolhem quem picar devido ao nível de dióxido de carbono, componentes químicos liberados por micróbios e até a cor da roupa

Da redação: Gustavo Bogea

Algumas pessoas podem passear por um parque ou trilhas ao ar livre e saírem ilesas de qualquer picada de mosquito. Enquanto isso, muitos sofrem com as coceiras, vermelhidões e as consequências das mordidas desses insetos. Por que isso ocorre?

Segundo o pesquisador Joop van Loon, da Universidade Wageningen, da Holanda, os “mosquitos se orientam segundo pulsos de dióxido de carbono (CO2)”. Nós liberamos CO2 quando expiramos e esse gás não se mistura imediatamente com o ar ao redor, o que atrai os mosquitos.

Os insetos analisam a atmosfera química e usam seus órgãos sensoriais para encontrar suas vítimas conforme os componentes que deixamos no ar. Estima-se que eles possam rastrear pessoas que estão a pouco mais de 50 metros de distância.

Quando essa distância é menor, a cerca de um metro, os mosquitos também utilizam outros critérios para determinar quem vão picar, tal como a temperatura, cor da roupa e a presença de vapor d’água. Mas o mais importante dos critérios, segundo os cientistas, são os componentes químicos produzidos por colônias de micróbios que vivem na pele.

“As bactérias convertem as secreções das nossas glândulas sudoríparas em componentes voláteis que são coletados no ar pelo sistema olfativo localizado na cabeça dos mosquitos”, afirmou Van Loon, ao site Live Science.

Existem um total de 300 componentes diferentes criados por micróbios e eles variam de acordo com as condições genéticas humanas e com o ambiente. Segundo um estudo de 2011, homens com maior diversidade de micróbios na pele tendem a ser menos picados por mosquitos.

A composição das colônias de micróbios podem ainda variar ao longo do tempo no mesmo indivíduo, especialmente se a pessoa está doente. Além disso, os insetos têm uma preferência inusitada: “mosquitos amam a cor preta, então considere vestir algo mais claro no seu próximo churrasco ao ar livre”, aconselhou Jeff Riffell, professor de biologia da Universidade de Washington.

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