Mais de R$ 1 milhão são investidos para incentivar as quebradeiras de coco babaçu no Maranhão

Em julho, o Sistema SAF realizou a entrega de três empreendimentos que tiveram investimento por meio da cadeia do babaçu

Da redação: Gustavo Bogea

A palmeira do babaçu é conhecida como a mãe das quebradeiras de coco, pois dela pode-se aproveitar quase tudo, frutos, folhas, raízes e estipe, podendo gerar vários produtos, do artesanato,
gastronômico, cosméticos, remédios e outros. É dessa matéria-prima que centenas de mulheres extrativistas tiram o sustento de suas famílias.

O Governo do Estado, por meio do Sistema da Agricultura Familiar, está trabalhando no fortalecimento e desenvolvimento da cadeia agroextrativista do babaçu, investindo recursos em projetos que visam a valorização e incentivo do trabalho das mulheres quebradeiras de coco babaçu do Maranhão.

O Sistema de Agricultura Familiar, Sistema SAF, é formado pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (SAF), Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural do Maranhão (Agerp/MA) e Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (Iterma/MA).

Em julho, o Sistema SAF realizou a entrega de três empreendimentos que tiveram investimento por meio da cadeia do babaçu, totalizando R$ 1.234.000 destinado à construção, adequação e aquisição de equipamentos para o funcionamento das unidades de beneficiamento de coco babaçu.

No assentamento Canto do Ferreira, município de Chapadinha, 26 quebradeiras de coco da Associação das Quebradeiras de Coco realizaram o sonho de ter uma agroindústria de derivados do mesocarpo do babaçu para produção de biscoitos, bolos, mingaus e azeite.  O recurso destinado foi de R$ 280 mil, que garantiu a montagem da estrutura, composta por forno industrial, misturador, laminadora, liquidificador industrial, etiqueta seladora, kit de higiene para cozinha e escritório completo.

No município de Lago do Junco foi inaugurada, em parceria com a Assema, a unidade de refino de óleo babaçu da Cooperativa dos Pequenos Produtores Agroextrativistas do Lago do Junco (Coppalj).

O Governo do Estado investiu R$ 570 mil para compra de um sistema de processamento de óleo babaçu com capacidade de refinar 5 toneladas de óleo por dia. O produto orgânico e refinado pode ser utilizado pela indústria alimentícia e cosmética. A expectativa é que sejam gerados 980 empregos diretos e 2 mil empregos indiretos.

Na comunidade Taquaritiua, em Viana, as mulheres quebradeiras de coco babaçu festejaram a inauguração da agroindústria de beneficiamento de azeite, mesocarpo e azeite. Foram investidos R$ 384 mil para adequação, ampliação e construção de um espaço de panificação para a diversificação de produtos oriundos do babaçu, uma parceria entre o Sistema SAF, o Movimento Interestadual das Quebradeiras De Coco Babaçu (MIQCB) e a Cooperativa Interestadual das Mulheres Quebradeiras de Coco Babaçu (CIMQCB).

 

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