Eliziane participa de debate sobre fé e política promovido pelo Cidadania

Membro da Assembleia de Deus, Eliziane Gama relembrou o início de sua jornada na política e a época em que foi aluna do professor Lyndon na UFMA.

Da redação: Vinicius Bogea
A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) presidiu nesta quinta-feira (8), em Brasília, o evento “A Fé, o Movimento Evangélico e a Política”, promovido pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira) em parceria com o Cidadania. Foram palestrantes os pastores Eliazar Ceccon, presidente do CGADB (Conselho Político Nacional da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil), e Lyndon de Araújo Santos, historiador e professor da UFMA (Universidade Federal do Maranhão).
A mesa do encontro foi composta pelo presidente do Cidadania, Roberto Freire; o diretor-geral da FAP, Luiz Carlos Azedo; o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e o deputado federal Alex Manente (Cidadania-SP).
Membro da Assembleia de Deus, Eliziane Gama relembrou o início de sua jornada na política e a época em que foi aluna do professor Lyndon na UFMA, e de como os profundos debates acerca da visão progressista e da visão do cristão na política inspiraram diversos jovens, incluindo ela. A parlamentar destacou a importância do debate e completou:  “O cristianismo não combina com o ódio, com a intolerância, com a violência. O cristianismo é graça, é misericórdia, é perdão, é entrega. Essa é a essência do cristianismo e esses são os sentimentos dos verdadeiros cristãos”.
Para a senadora maranhense, o Cidadania acerta muito em promover debates com o movimento evangélico e demonstra um enorme respeito às comunidades cristãs que têm um papel preponderante na educação, na formação cultural e nas políticas de prevenção às drogas. Eliziane destacou que só no Maranhãosão mais de 50 comunidades terapêuticas evangélicas que promovem uma recuperação impressionante de viciados em drogas, sem falar dos trabalhos que são feitos dentro dos presídios promovendo também a ressocialização de apenados.
Durante o encontro, o professor e pastor Lyndon de Araújo Santos elogiou o Cidadania pela realização do evento e sugeriu que o partido ouça mais os evangélicos. Ele também defendeu a busca de mais contato com as bordas da sociedade que foram abandonadas pelos partidos mais tradicionais. Ele também descreveu o cenário atual brasileiro e explicou que os evangélicos, no século XIX, levantaram alto a bandeira da liberdade religiosa, em um momento em que pratica da fé era cerceada. Lembrou ainda que o segmento evangélico na década de 70 atuou corajosamente a favor dos direitos humanos.
Já o pastor Eliazar Ceccon, presidente do CGADB (Conselho Político Nacional da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil) destacou a postura do Cidadania. Na sua opinião, o partido demonstra entender a trajetória da humanidade e vai corrigindo suas ações e “arestas”, construindo pontos de convergência e de diálogo.
O pastor Eliazar também manifestou “ter a mais alta estima” pela senadora Eliziane Gama, que estaria desenvolvendo um trabalho político sério e com muita responsabilidade.
O pastor entende que o movimento evangélico vem crescendo rapidamente em todos estados e essa realidade deve ser levada em consideração por aqueles que pretendem construir uma nova sociedade e o Brasil do futuro. Em 2000, conforme explicou o pastor, os evangélicos representavam 15,4% da população, saltando atualmente para perto de 30% e algumas projeções já os colocariam com 39,8% em 2032, convertendo-os no maior polo religioso do País.
O presidente do Cidadania no Maranhão, pastor Eliel Gama, afirmou que o partido pretende realizar outros encontros sobre o tema. “O PPS já teve o MEPS [Movimento Evangélico Popular Socialista] e os debates que estamos realizando, com certeza, vão permitir a criação de uma outra coordenação nacional, de forma a abarcar as mais diversas correntes evangélicas com presença no Brasil”, destacou.
Já o presidente do Cidadania, Roberto Freire considerou importante a presença da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) na política.”O seu exemplo e a sua presença na política é importante para fixar a ideia de uma evangélica progressista, que não se subordina a preconceitos e a conservadorismo, que tenta não apenas a salvação individual mas mudar a realidade de um povo”, afirmou.
O secretário-geral do Cidadania, Davi Zaia, defendeu a continuidade do debate, pois ele não só amplia a atuação do Cidadania, como dá ao partido uma visão mais abrangente da sociedade brasileira. “A ideia após esse debate é reunir mais pessoas interessadas no tema e caminhar para a formação de um núcleo evangélico no partido”, disse.
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