Comunidade do Cajueiro descredencia manifestantes a falar em seu nome

Os moradores reafirmaram a intenção de dialogar com o governo, que tem feito papel de mediador entre a empresa WPR e as pessoas que residem na área

Da redação: Gustavo Bogea

Moradores e líderes da União de Moradores Proteção de Jesus do Cajueiro, a Associação Quilombola do Andirobal, o Instituto Manacial e Comunidade do Guarimanduba divulgaram uma nota pública nesse sábado (17) em que rejeitam oportunistas infiltrados na causa do Cajueiro. Na nota, afirmam estarem surpresos com a atitude de “alguns caciques” de tentar impedir qualquer  diálogo com o governo e de visarem invadir uma assembleia que os moradores fariam neste domingo (18).

Os moradores reafirmaram a intenção de dialogar com o governo, que tem feito papel de mediador entre a empresa WPR e as pessoas que residem na área onde será instalado o Porto São Luís.
Desde os primeiros minutos após o cumprimento, pela Justiça, da ordem judicial de reintegração de posse, o governo tem se mostrado aberto na mesa de mediação de conflito para buscar solução digna para os moradores atingidos por aquela decisão. Mas meia dúzia de oportunistas causaram baderna e tentaram interromper o diálogo que já estava ocorrendo desde 2015.

Além disso, espalharam fakenews que serviram apenas para desinformar a população vizinha ao empreendimento, tradicional moradora da região, e que sequer será diretamente atingida.
Além de impedirem o diálogo com o governo, com intenções meramente políticas, mas também abjetas, esses “caciques” incentivaram atos de vandalismo para tumultuar ainda mais o ambiente.

Foi o que ocorreu na última terça-feira (13), quando um deputado estadual liderou a invasão do auditório do Palácio Henrique de La Rocque no momento em que dois secretários do governo concederiam uma entrevista, tomaram os microfones e impediram a coletiva. Não satisfeito, um vândalo chegou a agredir fisicamente o professor Chico Gonçalves, atual secretário de Estado de Direitos Humanos, exatamente quem vem fazendo o papel de mediador em nome do governo. Em seguida, atirou um microfone pesado na direção da cabeça de um membro de Gabinete Militar, que poderia ter lhe causado séria lesão, e que danificou o equipamento público.

Depois da nota pública, circulou também um áudio do presidente da Associação Quilombola do Andirobal,  agradecendo o apoio de muitos pela causa do Cajueiro, mas reafirmando que querem manter diálogo com a empresa, tendo o governo como mediador, apenas para que sejam garantidos os  direitos da comunidade tradicional.

Explica, por exemplo, que não se opõem ao Porto São Luís, da WPR, mas só querem que suas moradias não sejam afetadas ou, se forem, que sejam indenizados. Com essa nota e esse áudio, espera-se que os oportunistas deixem os verdadeiros moradores do Cajueiro dialogarem com a empresa que instalará o Porto São Luís, desistam de espalhar fakenews e de promoverem atos de vandalismo.

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