UEMA é referência entre universidades públicas na oferta de Educação a Distância

A oferta é ampla, reunindo cursos livres, ensino técnico, graduação, especialização e, em breve, o primeiro mestrado a distância, na área de educação especial e inclusiva

Fonte: Da redação

Em um contexto de avanço do Ensino a Distância no Brasil – segundo o Censo da Educação Superior 2018, o número de cursos EaD aumentou 51% em relação a 2017 –, a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) é referência em todo o país.

Segundo a coordenadora geral do Núcleo de Tecnologias para a Educação (UEMAnet), Ilka Márcia Ribeiro Serra, a UEMA é pioneira entre as universidades públicas brasileiras credenciadas em EaD. “Esse ano, nós completamos 21 anos que fazemos Educação a Distância, atendendo alunos em todo o estado e fora dele”, afirma.

A oferta é ampla, reunindo cursos livres, ensino técnico, graduação, especialização e, em breve, o primeiro mestrado a distância, na área de educação especial e inclusiva. “No mundo inteiro há cursos de mestrado e doutorado a distância, mas o primeiro regulamento para isso foi aprovado no Brasil no final do ano passado”, contextualiza.

Devido à grande demanda, a perspectiva é que professores de todo o Brasil se inscrevam no edital, previsto para ser lançado em novembro, com início das aulas em 2020. Bem conceituado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) do Ministério da Educação, o mestrado a distância da UEMA já nasce com perspectiva de internacionalização, devido a colaboração de professores da Universidade Aberta de Portugal em seu programa.

Educação do futuro

De acordo com Ilka Ribeiro, o crescimento e a ampliação do Ensino a Distância no Brasil é reflexo de um novo momento da educação no país. Se antes o perfil do aluno EaD era de pessoas mais velhas, sobretudo mulheres, que não tiveram acesso à universidade, hoje os estudantes de EaD são jovens profissionais, de ambos os sexos, que já estiveram nos bancos do ensino superior e buscam uma segunda graduação.

O novo público comprova o respeito conquistado pela modalidade EaD no meio educacional e atesta uma preferência do mercado por profissionais com esse tipo de formação, que agrega a aprendizagem no uso de ferramentas tecnológicas.

“A maioria das empresas hoje contratam profissionais que estudaram a distância por entender que, para além do conteúdo, essas pessoas estão incluídas tecnologicamente e são mais autônomas, disciplinadas, não dependem do chefe para tomar decisões”, diz Ilka.

O avanço do EaD pressiona, inclusive, o ensino tradicional a uma reformulação pedagógica, com amparo maior na tecnologia. “A tendência é que o curso presencial absorva características do curso a distância, conduzindo para uma educação híbrida”, explica a professora Ilka.

Infraestrutura

Por meio do UEMAnet, a universidade ultrapassa hoje os muros dos campi e chega a mais cidades maranhenses por meio do suporte tecnológico de 30 polos EaD espalhados no Maranhão. Os investimentos em prédios de educação presencial, por meio da Universidade Estadual da Região Tocantina (UemaSul) e, em breve, com a chegada da UEMA em São Bento, também servem de suporte para levar o Ensino a Distância para mais lugares do estado.

Segundo Ilka Ribeiro, a UEMA de São Bento tem previsão para inaugurar em dezembro, onde irá funcionar cursos como Tecnólogo em Gestão Ambiental e Tecnólogo em Tecnologia de Alimentos, nas modalidades presencial e EaD. O vestibular será em 2020.

A UEMA conta, hoje, com aproximadamente 12 mil alunos de EaD distribuídos em cursos de graduação, especialização, cursos técnicos e livres. Alunos que podem se destacar tanto quanto Leonardo da Conceição Silva, 28 anos, que recém-formado no Curso de Formação Pedagógica EaD da UEMA, pólo Santa Inês, venceu o Prêmio de Excelência Acadêmica com seu TCC.

Natural de Buriticupu, Leonardo conta que tinha preconceitos com a formação a distância, que caíram por terra durante o curso. “É mais difícil que o presencial, e requer muita disciplina e bom uso do tempo”, afirma.

Já graduado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA), a partir da graduação a distância via UEMA, que lhe possibilitou a premiação nacional, Leonardo ganhou uma bolsa para o mestrado, que pretende cursar em São Luís.

Oportunidade que só foi possível pela flexibilização do ensino superior via do EaD. “A minha bandeira é essa. Eu venho do ensino presencial, mas eu defendo a educação a distância não só por conta de todas as características importantes de ensino-aprendizagem que ela agrega, mas pela possibilidade de democratizar o ensino superior”, defende a coordenadora geral do UEMAnet.

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