Jornal Pequeno está com correspondente especial na 43ª Mostra Internacional de Cinema

O crítico de cinema Márcio Sallem, do site Cinema com Crítica, está in loco enviando todas as informações do evento.

Fonte: Redação/Márcio Sallem

Assim como aconteceu durante o 47º Festival de Cinema de Gramado, o Jornal Pequeno está com um correspondente especial na 43ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, que teve início na noite dessa quarta-feira, 16.

O crítico de cinema Márcio Sallem, do site Cinema com Crítica, estará in loco, mais uma vez, enviando todas as informações do evento, por meio de textos, vídeos e stories no Instagram do Jornal Pequeno.

Abaixo, as primeiras impressões de Márcio Sallem, que já está em São Paulo acompanhando tudo que se passa no festival:

A Mostra Internacional de Cinema, iniciada na noite desta quarta-feira (16) com a exibição, no Parque do Ibirapuera, do thriller francês “Wasp Network”, oferece ao cinéfilo presente na capital paulista a oportunidade de conhecer, em primeira mão, 326 títulos brasileiros e estrangeiros em suas 1.110 sessões, algumas delas especiais, como a exibição do clássico “O Gabinete do Dr. Caligari” no Vão Livre do MASP acompanhado por uma orquestra.

O diferencial da Mostra para a maioria dos festivais nacionais está em seu modelo, similar a uma vitrine exibidos as produções que disputaram as principais competições internacionais ao longo do ano, como Berlim, Cannes, Veneza, Sundance, Toronto, Locarno etc. Assim, enquanto os Festivais de Gramado e Brasília, a Janela Internacional de Recife ou o Cine Ceará tem como objetivo revelar uma pequena fatia do bolo da produção nacional e latino-americana, a Mostra varre o que houve de melhor ao redor do mundo e o trás ao Brasil, antes mesmo, em muitos casos, de o filme assegurar distribuição nacional.

Esta dinâmica, contudo, não altera o fato de estarmos dentro de um cenário competitivo e que privilegia a competição entre novos diretores, com direito a premiação por um júri especializado composto pelos diretores Beto Brant e Lisandro Alonso, pela atriz Maria de Medeiros e pela produtora Xénia Maingot. Além disto, os espectadores votam no prêmio do público, a partir do aplicativo da Mostra, e a crítica também escolhe seu premiado, com o prêmio do júri da Associação Brasileira de Críticos de Cinema – Abraccine.

Concomitante à mostra competitiva, os diretores Olivier Assayas e Amos Gitai receberão o Prêmio Leon Cakoff, batizado em homenagem ao crítico de cinema e idealizador da Mostra, falecido em 2011, e cujo trabalho agora é mantido pela sua viúva, Renata Almeida. Já o Prêmio Humanidade será conferido ao cineasta palestino Elia Suleiman, cuja produção mais recente, “O Paraíso deve ser Aqui”, recebeu a Menção Especial do Júri no Festival de Cannes e terá exibição especial na Mostra.

Para coroar o cinema brasileiro, o Theatro Municipal abrigará as avant premières das produções nacionais que foram exibidas ao redor do mundo em festivais de cinema: “A Vida Invisível”, o vencedor da Mostra Un Certain Regard no Festival de Cannes e representante brasileiro no Oscar de Melhor Filme Internacional; “Três Verões”, da diretora Sandra Kogut e estrelado por Regina Casé; “Babenco – Alguém tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou”, biografia do diretor argentino radicado no Brasil dirigida por Bárbara Paz e vencedora do prêmio de Melhor Documentário no Festival de Veneza. Também serão exibidos “Abe” e “Turma da Mônica – Laços”.

Como faço desde a 35ª edição, havida em 2011, a partir de amanhã (17), começarei minha maratona cinéfila ao redor do mundo, conferindo filmes de todos os continentes e de países cuja cultura cinematográfica ainda é uma semente em comparação com a indústria nacional. Serão, arrisco, mais de 60 produções, que vocês conhecerão, antes de todos, pelas páginas do Jornal Pequeno, em uma cobertura exclusiva que revelará a razão por que você deveria, a partir do próximo ano, considerar programar suas férias para coincidir com este evento que homenageia a arte a partir do cinema.

E em um ano de resistência cultural contra as tentativas de desmonte ou enfraquecimento da indústria cinematográfica nacional e, por conseguinte, dos Festivais de Cinema, vide o exemplo do Festival de Rio, que precisou realizar um crowdfunding nas redes sociais para assegurar sua nova data em dezembro, é sempre uma oportunidade única apoiar a arte.

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