Áreas do Terminal da Praia Grande permanecem sem reforço estrutural

Perícia aponta que as condições estruturais das plataformas 1 e 2 são de má conservação.

Fonte: Luciene Vieira

Usuários ouvidos pela reportagem do Jornal Pequeno continuam receosos em relação às obras de reforma do Terminal da Integração da Praia Grande. O JP obteve a informação de que, no laudo de vistoria pericial feito pelo engenheiro civil Roberlan Almeida Pereira (Crea nº 1116707209), há o relato de que o escoramento das calhas nas plataformas 1 e 2 permitiria que as duas permanecessem em uso durante os próximos oito meses, tempo suficiente para recuperação das plataformas 3 e 4.

E há o alerta para a interdição completa do terminal antes do início do período chuvoso, caso o escoramento das calhas nas plataformas 1 e 2 não fosse feito.

Ocorre que até este momento este serviço ainda não foi realizado. A perícia foi feita pelo engenheiro Roberlan Almeida Pereira entre os dias 22 e 23 do mês passado. O laudo ficou pronto 24 de outubro e foi divulgado 25 de outubro. No documento está escrito que as condições estruturais das plataformas 1 e 2 são de má conservação e “existem patologias nas vigas, calhas, pilares e consoles, tais como fissuras e trincas, desplacamento de cobrimento e corrosão das armaduras”.

O engenheiro Roberlan recomendou o imediato reforço estrutural paralelo à estrutura de pilares, vigas e calhas existentes para que se possa garantir, por um prazo de seis a oito meses, a utilização dessa plataforma.

Mesmo com os trabalhos nas plataformas 3 e 4 sendo feitos, conforme apurado pela equipe de reportagem do JP, até a manhã de ontem (11) não havia sido feito o escoramento das calhas nas plataformas 1 e 2.

Questionado, o presidente do Consórcio Central (também presidente do SET), Gilson Neto, respondeu que a prioridade são as plataformas 3 e 4. Em relação aos relatórios semanais sobre os serviços feitos, Gilson Neto confirmou que estes documentos foram enviados ao juiz Douglas de Melo Martins – titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, dentro dos devidos prazos; o primeiro relatório teve como prazo para envio ao juiz o dia 1º deste mês.

“Contratamos uma empresa para tomar conta destes serviços, e isto inclui o envio do relatório”, informou. O juiz Douglas Martins informou à reportagem do JP que “o Consórcio Central já apresentou dois relatórios, com as medidas que já foram adotadas. Quanto às plataformas 1 e 2, o que ficou estabelecido é que o Consórcio Central será responsável se algo ocorrer até o início do período chuvoso.”

Enquanto o reforço estrutural nas plataformas 1 e 2 não é feito, os passageiros afirmam que estão assustados com o risco de que alguma fatalidade ocorra. “Interditaram as plataformas 3 e 4, estão trabalhando nelas, o que é ótimo. Mas, e quanto a este lado do terminal, que precisa de cuidados logo?”, declarou o estudante Josiel de Freitas Assunção.

“Não acredito que somente depois de concluída a obra nas plataformas 3 e 4, é que vão fazer algo nestas outras duas”, disse a estudante Leonice Cardoso, se referindo às plataformas 1 e 2.

Douglas Martins informou ainda à reportagem que “apesar do engenheiro ter solicitado imediatamente o escoramento das plataformas 1 e 2, não há nada pendente em relação a decisão judicial, referente às plataformas 1 e 2.”

Na concessão da tutela de urgência, divulgada 25 de outubro, pelo juiz Douglas de Melo Martins, há a informação de que o Consórcio Central, formado pelas empresas Ratrans e Taguatur, “conclua, antes do período chuvoso, as obras de reforma de metade do Terminal da Praia Grande”. No dia 28, o juiz informou que este prazo se equivale ao mês de dezembro deste ano; porém o magistrado não deu uma data mais específica.

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