Maranhão vai se transformar no maior hub de combustíveis, afirma Simplício Araújo

De acordo com a Seinc, o aporte é de mais de R$ 1 bilhão em investimentos privados para a construção e expansão de terminais de combustíveis

Fonte: Da redação com Assessoria

Investimentos no setor de tancagem de combustíveis devem transformar o Maranhão no maior hub de distribuição do Brasil. Além dos investimentos, o estado conta com o desenvolvimento de grandes infraestruturas sendo executadas, contribuindo para potencializar esse cenário. É o que aponta a Secretaria de Indústria, Comércio e Energia do Estado (Seinc).

De acordo com a Seinc, o aporte é de mais de R$ 1 bilhão em investimentos privados para a construção e expansão de terminais de combustíveis e infraestrutura logística e de armazenagem.

A ampliação da Ferrovia Norte Sul, que em alguns anos deve chegar até o Sudeste do país; o aumento de desembarque e da capacidade de armazenagem de combustível no Porto do Itaqui, que deverá ser duplicada nos próximos três anos, com o desenvolvimento do Corredor Norte de exportação, ganha cada vez mais volume pela baía de São Marcos focado no Agronegócio e estão contribuindo para o crescimento de cadeias acessórias como granéis líquidos.

Todos esses pontos, segundo a Seinc, apontam para o cenário favorável no Maranhão, sendo grande a procura por aéreas para instalação de novos negócios no segmento.

O secretário Simplício Araújo, destaca que vários pontos reforçam o papel do Maranhão como o maior hub de combustíveis nos próximos anos, além, da localização estratégica, da movimentação de cargas na baía de São Marcos e o protagonismo do Porto do Itaqui em sucessivos recordes de exportação e resultados.

“Estamos criando as condições favoráveis para desenvolver ainda mais esse Hub de combustível em nosso Estado, projetando o Maranhão do futuro, preparando o estado para assumir com força seu estratégico papel de porta de entrada e saída do corredor e estados do arco norte”, disse Simplício Araújo.

Investimentos

Investimentos como da Raízen (Shell e Cosan), de R$ 250 milhões, na implantação de uma base de combustíveis, que está em fase de conclusão em São Luís, além da Terminais Marítimos de Pernambuco (Temape), na ordem de R$ 100 milhões, também na capital, além da Terminal Ultracargo Expansão (dentro da poligonal do Porto de Itaqui), com investimentos de R$ 242,3 milhões, e outros que somam mais de R$ 1 bilhão em investimentos privados, segundo dados da secretaria.

Empresários maranhenses com visão e conhecimento sobre a cadeia produtiva de combustíveis já começam também a investir nestas novas perspectivas, é o caso da Green, única distribuidora de combustíveis com matriz no Maranhão, com base na cidade de Caxias e que atualmente conta com mais de 1000 funcionários diretos e indiretos, e que pretende implantar outras bases da empresa em cidades do estado.

“Somos a primeira e única distribuidora maranhense, e atualmente atendemos todo o mercado do Maranhão. Pretendemos em 2020 atender também o estado do Piauí, aumentar a nossa base de Caxias e estudamos a implantação de bases em outros municípios, melhorando a logístisca de abastecimento”, disse Magnolia Rolim, diretora executiva da Green.

Localização estratégica

Atualmente, o Itaqui concentra o maior volume de importações de gasolina e diesel e conta com uma localização favorável para importações da Europa e Golfo do México. Também tem uma localização estratégica para Norte e Nordeste, pois se conecta a ferrovias (Carajás/Norte-Sul) e está próximo ao Pará, para atendimento hidroviário à região Norte.

O Porto já funciona como um Hub de combustíveis ao garantir o armazenamento e funcionar como base de distribuição. Nos próximos anos a tendência é dobrar essa capacidade. Mas, a intenção é ir além do Porto e abrir outras possibilidades para o setor empresarial a partir de uma rede de ferrovias e estradas conectadas.

Recentemente, atracou no Porto do Itaqui o maior navio já operado por uma companhia distribuidora de combustíveis no Brasil. O Pacific Rawan, com 243 m de comprimento, realiza operação de descarregamento de 103 mil metros cúbicos de diesel da BR Distribuidora, cerca de um quarto da capacidade de armazenamento do porto. Este é o maior volume de granel líquido movimentado no país em um único desembarque.

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