Exército cerca Presídio Federal de Brasília após plano de fuga de Marcola

As informações sobre o plano de resgate do líder do Primeiro da Comanda da Capital (PCC) partiram de São Paulo

Fonte: Mirelle Pinheiro - Portal Metropoles

Um plano de resgate do líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Willians Herbas Camacho, no Presídio Federal de Brasília, fez com que os ministérios da Justiça e da Defesa fechassem um acordo para intensificar a segurança do complexo, localizado em São Sebastião. Militares do Exército Brasileiro foram direcionados para a penitenciária de segurança máxima, onde estão de prontidão, com carros blindados, desde as primeiras horas dessa quinta-feira (19).

Fontes do Ministério da Justiça ouvidas pelo Portal Metrópoles afirmam que se trata de uma medida preventiva para mostrar a força do Estado, e que não há motivo para alarde. As informações sobre o plano de resgate partiram de São Paulo. O estado é berço da facção criminosa. Marcola foi transferido para capital federal em março sob forte aparato policial.

Há indícios de que o suposto resgate já estaria pago e seria feito pelo traficante internacional Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como Fuminho. Ele é um dos principais nomes do PCC que está solto e atua nas ruas.

De acordo com informações, os criminosos estariam aguardando o aval de Fuminho para colocar o plano em prática. O PCC teria reunido um verdadeiro exército de alto nível e com criminosos que possuem conhecimento militar e de armamentos. A facção já teria mapeado os arredores do complexo penitenciário em Brasília com o uso de drones.

O Ministério da Justiça foi procurado, mas informou que, inicialmente, não vai se manifestar sobre o caso.

Líder
Marcola foi preso pela primeira vez pela polícia paulista no final da década de 1990, por roubos a carros-fortes e bancos. Já na prisão, também foi condenado por formação de quadrilha, tráfico de drogas e homicídio.

Para justificar a transferência de Marcola do presídio de Presidente Venceslau para Brasília, promotores do Ministério Público de São Paulo afirmaram que o PCC planejava resgatá-lo. De acordo com eles, foram gastas dezenas de milhões de dólares no plano, investindo em logística, compra de veículos blindados, aeronaves, material bélico, armamento de guerra e treinamento de pessoal.

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