Parceria com municípios é prioridade, diz secretário de Programas Estratégicos

A principal missão do novo secretário é prover política de apoio técnico aos municípios e fortalecer a articulação do Maranhão com organismos financeiros nacionais e internacionais

Da redação: Gustavo Bogea

Formado em Economia e Ciências Contábeis, ex-professor da UFMA e prefeito de São José de Ribamar por dois mandatos, Luís Fernando Silva tem agora como missão o comando da Secretaria de Estado de Programas Estratégicos (SEPE).

A principal missão do novo secretário é prover política de apoio técnico aos municípios e fortalecer a articulação do Maranhão com organismos financeiros nacionais e internacionais.

Nessa entrevista, Luis Fernando Silva fala sobre suas motivações para o novo desafio e destaca sua “convicção municipalista” para ajudar no desenvolvimento das cidades maranhenses, e, consequentemente, do estado.

Por que o senhor decidiu aceitar o convite do governador Flávio Dino para assumir a secretaria?

Em primeiro lugar, a gente tem que reconhecer que a vida pública é cheia de desafios e eles nem sempre aparecem de forma planejada. Eu fiquei muito honrado com o convite do governador Flávio Dino para dirigir a Secretaria de Estado de Programas Estratégicos. Entendi que a minha participação no governo – que tem sido um grande parceiro no desenvolvimento dos municípios – seria, também, uma forma de praticar a minha convicção municipalista e ajudar a consolidar parcerias.

No artigo “A importância do planejamento estratégico”, publicado em um jornal da capital, o senhor falou que um dos papéis da SEPE é prover política de apoio técnico aos municípios. Como isso está sendo executado?

Estamos na fase de estruturação da secretaria recém-criada e no planejamento da abordagem com os municípios. De acordo com a minha convicção municipalista, o Estado é um espaço virtual, uma união de vários territórios. Sendo assim, o espaço que tem concretude é o municipal. O pressuposto é o de que para melhorar o Estado é preciso que isso se dê a partir dos municípios, tal como se comprovou agora com a evolução do IDHM em 2016 e 2017 [indicador do Ipea mostrando que a qualidade de vida melhorou no Maranhão neste período].

Entenda-se que o crescimento do IDHM do Maranhão, que é um indicador médio do IDHM de cada município, resulta da formulação e implementação de políticas públicas sociais e econômicas, sob a liderança do Governo Estadual em parceria com os municípios. A SEPE haverá de contribuir para o fortalecimento dessas parcerias.

Em entrevista a um programa de televisão, o senhor falou que também será atribuição da sua gestão à frente da SEPE promover articulação com organismos financeiros nacionais e internacionais. Como isto está sendo feito?

Desde 2015, o governador Flávio Dino atribuiu ao vice-governador Carlos Brandão a condução dessas articulações, que agora são fortalecidas com a estrutura da SEPE. Estamos mapeando todas as articulações que já estavam em andamento para priorizar aquelas que produzam resultados efetivos no curto prazo.

Além disso, já temos investimentos em parceria com o Banco Mundial, com o Banco de Desenvolvimento Alemão (KFW), com o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), bem como parcerias com países como Alemanha, China, Coreia do Sul, França, Emirados Árabes, Israel, Irã, Liga Árabe e Vietnã.

E os próximos passos?
No próximo mês de maio, por exemplo, deveremos receber a visita de uma Missão de empresários chineses, ligados às atividades de geração de energia fotovoltaica, eólica, redes de distribuição e transmissão de eletricidade, construção de estruturas fabris e de logística, dentre outras. São empreendedores filiados à Federação das Empresas da Indústria e Economia da China.

Em síntese, qual é a principal diretriz de trabalho da SEPE?

A diretriz é exatamente a estabelecida pelo governador Flávio Dino e que consiste no planejamento de uma estratégia de desenvolvimento econômico e social do Estado com participação popular e justiça social, diante de uma conjuntura nacional atipicamente adversa, tanto sob o aspecto econômico, quanto sob o aspecto político.

Com essa diretriz norteadora do governo, a SEPE e as demais Secretarias de Estado estão caminhando a passos largos na construção de um Maranhão melhor.

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