Mais de 200 mil brasileiros sofrem com o mal de Parkinson; doença também pode afetar jovens

Apesar da progressão lenta e de ser mais comum entre idosos, o mal pode acometer jovens

Fonte: Daniella Pimenta

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 200 mil brasileiros sofrem com o mal de Parkinson. A doença é degenerativa e ataca progressivamente o sistema nervoso central, diminuindo intensamente a produção de dopamina. Essa substância atua na ação dos movimentos automáticos e no controle motor do corpo humano.

Na maioria dos casos, o Parkinson começa a manifestar seus primeiros sintomas em homens e mulheres com mais 60 anos. Mas, de acordo com a Academia Brasileira de Neurologia (ABNeuro), 10% dos casos estão distribuídos entre pacientes com menos de 40 anos (parkinsonismo de início precoce) e até mesmo em jovens abaixo dos 21 anos (parkinsonismo juvenil).

A doença causa tremores, lentidão e diminuição dos movimentos voluntários, enrijecimento dos músculos e articulações, além de problemas de postura que afetam o equilíbrio do corpo, resultando em quedas frequentes.

Cura ainda desafia a ciência

O mal de Parkinson ainda não tem cura. Até mesmos suas causas ainda são motivo de estudos, sendo comumente atribuída a questões genéticas e fatores ambientais, como exposição a agentes tóxicos.

Um artigo de maio de 2019, publicado na American Academy of Neurology mostra uma pesquisa que relaciona o transtorno bipolar à doença. Já outros estudos realizados em no mesmo mês, na Universidade Case Western Reserve (Ohio) detectou que a retirada do apêndice aumenta os riscos.

Pesquisadores do mundo todo buscam soluções para a melhoria da condição de vida do paciente parkinsoniano e na busca por uma cura. Na Universidade da Califórnia, engenheiros desenvolveram uma espécie de marca-passo para o cérebro, em fase de testes em animais, que busca tratar o mal de Parkinson e a epilepsia.

Convivendo com o Parkinson

Graças às evoluções da medicina, tratamentos que proporcionam uma melhor qualidade de vida aos parkinsonianos. Há medicamentos de uso contínuo capazes de repor parcialmente os níveis de dopamina e melhor os sintomas da doença.

De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde, o tratamento público e privado deve ser multidisciplinar. Além dos medicamentos específicos, tratamentos auxiliares como fisioterapias, suporte nutricional, psicológico e fonoaudiológico são muito importantes para reduzir os impactos dos sintomas do Parkinson. Pacientes mais idosos ou debilitados podem contar com cuidados em home care, como a fisioterapia em casa.

O SUS disponibiliza o tratamento do Mal de Parkinson por meio de medicamentos, programas terapêuticos nos centros de reabilitação e em casos específicos, cirurgias neurológicas e uso de estimuladores cerebrais.

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