Brasil é o 9º país que mais envia estudantes aos Estados Unidos

No ano letivo 2018-2019, 16 mil brasileiros estudavam no país norte-americano.

Fonte: Por Ana Carolina Moreno

O Brasil superou o México e subiu para a 9ª posição na lista de países que mais enviam estudantes para os Estados Unidos. No ano letivo de 2018-2019, 16.059 brasileiros estavam matriculados em cursos de instituições de ensino do país norte-americano. O número representa um avanço de 9,8% em relação ao ano anterior, mas ainda está abaixo do recorde de 23.675, registrado no ano letivo de 2014-2015.

Os dados são do relatório Open Doors, divulgado anualmente pelo Instituto de Educação Internacional (IIE, na sigla em inglês) e pelo departamento de Estado do governo americano.

Segundo o relatório, divulgado no fim de novembro, 1.095.299 estrangeiros estudavam nos Estados Unidos no ano letivo que terminou em meados de 2019. Trata-se de um recorde histórico, diz o IIE. O número representa 5,5% do total de universitários no país, e contribuíram US$ 44,7 bilhões (cerca de R$ 180 bilhões) para a economia americana em 2018.

Desse total, 52% são cidadãos da China e da Índia. A China, que há dez anos assumiu o posto de país com o maior número de intercambistas nos Estados Unidos, respondeu sozinha por quase 370 mil estudantes, ou um terço do total.

Intercambistas nos Estados Unidos – TOP 25

Posição País Total de estudantes
China 369.548
Índia 202.014
Coreia do Sul 52.250
Arábia Saudita 37.080
Canadá 26.122
Vietnã 24.392
Taiwan 23.369
Japão 18.105
BRASIL 16.059
10º México 15.229
11º Nigério 13.423
12º Nepal 13.229
13º Irã 12.142
14º Reino Unido 11.146
15º Turquia 10.159
16º Kuwait 9.195
17º Alemanha 9.191
18º França 8.716
19º Indonésia 8.356
20º Bangladesh 8.249
21º Colômbia 8.060
22º Paquistão 7.957
23º Venezuela 7.760
24º Malásia 7.709
25º Espanha 7.262

O Brasil no ranking

Desde 2015, a única movimentação no “top 10” dos países com mais estudantes matriculados nos EUA foi a escalada do Brasil da 10ª para a 9ª posição.

O país recebeu destaque de Marie Royce, secretária-adjunta de Estado para Assuntos Educacionais e Culturais dos EUA. “Países de mercados emergentes mostraram alguns dos crescimentos mais fortes ano após ano, especialmente Bangladesh (aumento de 10%), Brasil (9,8%), Nigéria (5,8%) e Paquistão (5,6%)”, afirmou ela.

No entanto, apesar do segundo ano de crescimento consecutivo, o Brasil ainda não se recuperou da queda entre 2014 e 2016, quando o número de intercambistas brasileiros matriculados no ensino superior americano recuou 44,7%, de 23.675 para 13.089.

Na última década, os dados do relatório Open Doors mostram uma variação maior no número de brasileiros nos EUA do que o contrário: americanos escolhendo estudar no Brasil.

Os cursos mais procurados

De acordo com o IIE, mais da metade dos estudantes estrangeiros que buscam cursos em um universidades americanas se matriculam nas carreiras conhecidas como STEM, sigla que representa os cursos de ciências, tecnologia, engenharia e matemática.

No ano letivo 2018-2019, essa porcentagem foi de 51,6% e, segundo o relatório, um dos motivos é o fato de o governo americano permitir que cidadão estrangeiros com diploma nesses cursos tenham um visto com duração maior para buscar emprego no país.

“Mudanças na política que permitem que estudantes de STEM permaneçam nos Estados Unidos por 36 meses após terminarem seus estudos para oportunidades de Treinamento Prático Opcional [OPT, na sigla em inglês] provavelmente continua a incentivar o aumento de estudantes nesses programas, que foi de 9,6% para 223.085”, afirmou o instituto.

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