Família relata suposto golpe aplicado por promotor de vendas que estava desaparecido

Familiares afirmam que o valor do golpe gira em torno de R$ 20 mil reais.

Fonte: Redação

O promotor de vendas José Ribamar Cutrim Neto, de 44 anos, após dois dias sem dar notícias, foi localizado na cidade de Anápolis/GO, na noite dessa sexta-feira, 13.

A polícia acredita que José Ribamar tenha forjado o próprio desaparecimento por conta de dívidas acumuladas, conforme informou o delegado Felipe Cesar, da Polícia Civil.

A reportagem do Jornal Pequeno localizou uma família que afirma ter sido sido vítima de um golpe aplicado pelo promotor de vendas, no valor aproximado de R$ 20 mil reais.

Vizinho da família, José Ribamar Cutrim Neto teria oferecido, segundo denuncia a família, seus serviços de corretor para agilizar a compra de uma casa, localizada no mesmo condomínio onde eles moram, no bairro Turu, em São Luís.

A família afirma que realizou o pagamento da entrada do imóvel diretamente ao proprietário, que mora fora do estado, e repassou o valor de taxas cartoriais, ITBI e demais despesas a José Ribamar; R$ 7.620,00 via transferência bancária, diretamente para a conta do corretor. O restante foi pago em espécie.

O proprietário da casa informou que também repassou uma quantia para o corretor, R$ 6.400,00, cerca de 40% referente à comissão de 5% da venda do imóvel, além do pagamento das taxas de IPTU no valor de R$ 1.800,00.

Toda a negociação se arrastava desde o mês de junho deste ano, sem que José Ribamar desse um desfecho concreto da documentação para a família fechar o financiamento pelo banco.

“Sempre inventava algum tipo de desculpa: que estava resolvendo, que o gerente estava viajando, ou que já estava tudo encaminhado. Até descobrirmos que ele nunca apresentou os documentos quitados”, relatou um membro da família que preferiu não se identificar, mas forneceu os prints das conversas mantidas via Whatsapp, ilustradas abaixo.

No dia do suposto desaparecimento do promotor de vendas, última quarta-feira, 11, o casal afirma que se deslocou até o banco, e foi surpreendido com o relato do gerente: “Ele simplesmente disse ao gerente que nós já tínhamos comprado a casa, à vista, e que não faríamos mais o financiamento. O gerente, então, se desfez de toda a documentação, e só nos entregou os documentos pessoais. Na nossa frente, ligou para o Neto, e colocou no viva-voz, ele ficou nervoso, deu uma desculpa e desligou o telefone. Então, entrei em contato diretamente com ele, que me garantiu que passaria na nossa casa pela tarde para explicar a situação. Só que nunca apareceu, e foi então que surgiu a notícia, à noite, que ele estava desaparecido”, declarou o familiar envolvido diretamente na negociação.

A casa no condomínio ocupada por José Ribamar está vazia. A esposa dele não aparece no local desde a repercussão do caso. Apenas o carro do casal se encontra na garagem.

O carro de José Ribamar Cutrim ainda está na garagem de casa

A família que relata o suposto golpe entrou em contato com o delegado responsável pelo caso, Felipe César, que orientou a procurá-lo na segunda-feira para registrar o depoimento.

Em contato com a reportagem do Jornal Pequeno, Felipe Cesar afirmou que as investigações estão em andamento e, caso se conclua que José Ribamar realmente forjou o desaparecimento, o fato será encaminhado para a Delegacia de Defraudações.

A reportagem do Jornal Pequeno tentou contato com José Ribamar Cutrim Neto, mas o celular se encontrava fora da área de cobertura e as mensagens não foram entregues.

O jornal Pequeno se coloca à disposição para possíveis esclarecimentos por parte de José Ribamar Cutrim Neto e família.

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