Semana sangrenta em Santa Inês registra oito assassinatos

Além das mortes, ainda aconteceram duas tentativas de homicídio no município

Fonte: Aidê Rocha

A cidade de Santa Inês foi marcada por crimes violentos durante toda esta semana. Os dois últimos foram registrados na noite de quinta-feira (13), quando um homem e uma mulher sofreram tentativas de homicídio. Ambos os casos ocorreram no bairro Sabbak, mas em ruas diferentes.

O primeiro foi contra a mulher, que acabou alvejada com tiros nas pernas. À polícia, a vítima contou que dois homens chegaram e iniciaram os disparos. Ela conseguiu correr, mas ainda assim foi atingida. Após o crime, os suspeitos fugiram e a mulher foi levada ao hospital da cidade. Na manhã de ontem (14), ela foi transferida para o hospital em Monção, onde seria submetida a uma cirurgia.

Na outra tentativa de homicídio, o caso ocorreu de forma semelhante. Uma dupla, em uma motocicleta, apareceu e foi logo atirando. O rapaz também correu, porém acabou sendo atingido em várias partes do corpo. A vítima foi socorrida, encaminhada ao hospital, e não corre risco de morte.

Em depoimento, o homem contou acreditar que o crime tenha ligação com uma discussão tida por ele anteriormente, mas alega não saber o nome da pessoa envolvida. A Polícia Civil de Santa Inês investiga os dois casos. Não há informações sobre a identidade dos autores nem as reais motivações dos crimes, até o momento.

OITO MORTES EM SEIS DIAS NA CIDADE

Da sexta-feira da semana passada até quarta-feira (12), oito pessoas foram assassinadas em Santa Inês. Um suspeito de participação em um desses homicídios morreu em confronto com a polícia na terça-feira (11). A última morte registrada foi de um homem, identificado como Ridley Mendes Carvalho, conhecido como “Nenzão”, de 47 anos, no bairro Aeroporto. De acordo com os levantamentos, a vítima era usuária de drogas.

Ribamar Cantanhede, Erinaldo e “Loirinho” morreram nos últimos dias, em Santa Inês (Foto: Divulgação)

Para a Polícia Civil, o aumento dos assassinatos violentos está ligado ao tráfico de drogas na região. “Ao que tudo indica, foram motivados pelo domínio do tráfico. Questão de território, disputa por local e venda de drogas”, explicou o delegado regional de Santa Inês, Elson Ramos.

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