Anunciada para 2017, reforma do Mercado Central ainda depende de aprovação do projeto

O atraso no início das obras causa insatisfação em comerciantes e frequentadores

Fonte: Luciene Vieira

As pessoas que frequentam o Mercado Central, localizado na Avenida Magalhães de Almeida, no centro de São Luís, vivem anos estressantes. Avaliada em R$ 8 milhões, a reforma do local está prevista no Programa de Aceleração do Crescimento – PAC Cidades Históricas; e, ainda no ano de 2017, ela deveria ter sido iniciada. No entanto, o projeto arquitetônico, assinado pelo escritório Hermes Fonseca, ainda passa pela aprovação dos órgãos competentes.

Atualmente, ainda sem a revitalização do espaço, quem trabalha no Mercado Central, ou o frequenta de forma assídua, reclama da estrutura. “O mercado sofre com problemas de fiação elétrica exposta, rachaduras nas paredes, e telhado quebrado”, disse a feirante Maria do Perpétuo Socorro, de 65 anos.

“Quando eu vou ao Mercado Central, eu não olho apenas as mercadorias, mas toda a estrutura. É muito feio e bagunçado”, declarou a aposentada de 88 anos Verônica.

Já a administração do Mercado Central informou que a estrutura do lugar não está comprometida, mas que mesmo assim, esteticamente, o ambiente precisa de revitalização, o que tornaria o mercado num espaço prazeroso de se estar.

Segundo o administrador do estabelecimento, Marcos Aurélio Araújo Correia, a deficiência é a energia, pois a fiação elétrica está bastante exposta.

“Os fios de energia deveriam estar embutidos, o que melhoraria a estética e a segurança do mercado. Sobre o projeto de reforma, fiquei sabendo que deveria passar por algumas correções, e por isso as obras não foram iniciadas”, disse Marcos Aurélio.

O projeto de reforma é de responsabilidade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Já a execução da obra é responsabilidade da Prefeitura de São Luís.

PROJETO AINDA SENDO APROVADO

De acordo com o superintendente do IphanMA, Maurício Itapary, o projeto de reforma do Mercado Central está finalizado. Segundo Itapary, o escritório de arquitetura Hermes Fonseca está fazendo as aprovações do projeto nos órgãos competentes, sendo um deles a Superintendência do Departamento Histórico, Artístico e Paisagístico do Estado do Maranhão (DPHP-MA).

“Assim que o projeto for aprovado, ele volta para a Hermes Fonseca, para que seja feito o orçamento de custos da obra. Somente depois do orçamento é que vamos atrás dos recursos orçamentários, para que então façamos a licitação da obra. No momento, o projeto não está no DPHP, pois o Departamento já fez as considerações que achou pertinente, entregou-as ao escritório de arquitetura, que deve estar fazendo as adequações necessárias para novamente entregá-lo ao DPHP para aprovação”, informou o superintendente do Iphan-MA.

HISTÓRIA DO MERCADO CENTRAL

O Mercado Central de São Luís foi construído em 1864. 65 anos depois, em 1939, por meio de um programa sanitarista, o prédio foi demolido e reconstruído pelo governador Paulo Ramos. Durante muito tempo passou a se chamar Mercado Novo, devido a essa reconstrução. No local funcionava anteriormente, há cerca 70 anos, o antigo gasômetro, que abastecia os postes de iluminação pública de todo o centro da cidade.

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