Inquérito é concluído e PMs suspeitos pela morte de comerciante em Bacabal são indiciados

Policiais respoderão por abuso de autoridade, tortura, fraude processual, homicídio tentado e ocultação de cadáver.

Fonte: Aidê Rocha

A Polícia Civil, por meio da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), concluiu na quinta-feira (11), o inquérito policial que apurou os crimes praticados em desfavor do comerciante Marcos Marcondes da Silva Nascimento, do lavrador José Ribamar Neves Leitão e, ainda contra o Estado do Maranhão. Os crimes aconteceram no município de Bacabal.

Cinco policiais militares, presos em flagrante, dia 2 de fevereiro, foram os responsáveis pelas ações criminosas, ocorridas um dia antes de serem capturados. Eles foram identificados como tenente Francisco Almeida Pinho, o sargento Gilberto Custódio dos Santos e os soldados Marcelino Henrique Santos Silva, Rogério Costa Lima e Robson Santos de Oliveira.

“Fizemos todas as diligências, requisições de perícias e na quinta a tarde o inquérito foi eletronicamente encaminhado para a comarca de São Luís Gonzaga”, explicou o delegado Jeffrey Furtado, da SHPP, que comandou as investigações do caso.

Ainda de acordo com Jeffey, os cinco autuados em flagrante tiveram suas prisões preventivas decretadas e foram indiciados pelos crimes de abuso de autoridade, tortura, tortura com resultado morte, fraude processual, homicídio tentado e ocultação de cadáver.

RELEMBRE O CASO

Os cinco policiais do 15º Batalhão de Polícia Militar foram presos suspeitos da morte do comerciante Marcos Marcondes da Silva Nascimento, conhecido como “Marquinhos”, que foi levado na tarde do dia 1º de fevereiro por eles, da porta de seu comércio, no bairro Ramal, em Bacabal.

“Marquinhos” foi encontrado morto no dia seguinte com sinais de tortura e de disparo de arma de fogo, na zona rural da cidade de São Luís Gonzaga.

Além do crime cometido contra o comerciante, os policiais tentaram matar o lavrador José Ribamar Neves Leitão, que, após o descuido deles, conseguiu fugir.

Ele só reapareceu sete dias depois e contou à polícia toda tortura sofrida pelos dois nas mãos dos PMs. Os policiais acusavam o lavrador de ter furtado carneiros da fazenda em que ele era funcionário e o comerciante de ter comprados os animais.

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