Lojas da Rua Grande abrem às 9h, mas não evitam superlotação do transporte coletivo em São Luís

Nos coletivos, motoristas e passageiros disseram que os ônibus saíram lotados dos bairros.

Fonte: Luciene Vieira

Em decreto anunciado nessa quinta-feira (4), o governador Flávio Dino estabeleceu medidas de restrição a atividades comerciais, para tentar reduzir aglomerações e conter o avanço do novo coronavírus. Ontem (5), as lojas da Rua Grande, localizada no centro de São Luís, somente abriram as portas a partir das 9h, obedecendo ao decreto estadual. Segundo o governador, esta é uma forma de evitar superlotação no transporte público.

Apesar de as lojas estarem fechadas, antes das 9h já existia bastante pessoas transitando pela Rua Grande (Foto: Gilson Ferreira)

No entanto, nos ônibus, motoristas e passageiros disseram que houve, sim, lotação dos coletivos ainda nos bairros, com destino à região central da capital maranhense.

O motorista de um ônibus que faz linha Jardim Tropical/ Santos Dummont, com passagem pelo Centro, relatou que sentiu um desafogamento no trânsito de São Luís. Porém, antes das 8h, as viagens feitas por ele teriam sido com o coletivo lotado.

“Hoje (ontem) é o primeiro dia das medidas restritivas, vi menos carros nas ruas, mas sobre a lotação no ônibus, sem mudança”, informou o motorista.

Carlos Assunção, de 36 anos, que também é motorista no transporte público de São Luís, contou ao Jornal Pequeno que é normal os ônibus serem esvaziados no trajeto até o Centro, e ficarem quase que completamente vazios após o desembarque dos passageiros na Deodoro, nas primeiras horas do dia. “Mas hoje (ontem), houve lotação, sim, nos bairros, vim para a Deodoro com o coletivo cheio”, informou Carlos.

Carlos Assunção foi um dos motoristas que disse ter saído do bairro com o ônibus lotado (Foto: Gilson Ferreira)

Robson Diniz é motorista de ônibus na linha Anjo da Guarda/ Centro. “Já são 8h (refere-se ao horário de ontem), e já rodei com o ônibus lotado”, contou Robson.

“Eu vim em pé do Anjo da Guarda para a Praça Deodoro. Não estava muito lotado o coletivo, mas todas as cadeiras ocupadas, e passageiros em pé”, disse Maria Fernanda de Freitas, após descer do ônibus dirigido por Robson Diniz.

RUA GRANDE 

Por dez dias, de 5 a 14 deste mês, o comércio deverá funcionar das 9h às 21h. Isto significa que as lojas da Rua Grande acostumadas a abrirem às 8h, somente poderão ser abertas uma hora depois. Ontem, que foi o primeiro dia da medida, 8h20 a via já estava lotada, mesmo com os estabelecimentos fechados.

“Eu estou fazendo hora, até que o local onde são feitas impressões de fotos abra”, disse o fotógrafo Reinaldo Cutrim.

“Eu vim ao banco, já há fila, então, melhor vir cedo”, contou a diarista Cláudia Menezes.

Nas portas das lojas, funcionários esperavam elas serem abertas. “Chegamos aqui nem era 8h30, devemos entrar daqui a pouco, para ir arrumando as mercadorias. Viemos para o Centro em ônibus lotados”, informaram duas funcionárias, uma moradora do Anjo da Guarda e outra do Alto do Calhau.

O que muda na Grande São Luís nestes dez dias

Suspensão de aulas presenciais em escolas públicas e privadas e, em universidades públicas e privadas em todo o Maranhão;

Redução do horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais nos quatro municípios, que devem funcionar das 9h às 21h, inclusive aos fins de semana;

Suspensão de eventos em geral como shows, festas, jantares festivos, confraternizações, eventos científicos, inaugurações, sessões de cinema, apresentações teatrais, lançamento de produtos e serviços;

Suspensão das atividades presenciais em órgãos e entidades vinculados ao governo do Estado; Suspensão das atividades presenciais em órgãos municipais;

Suspensão de viagens de agentes públicos municipais a serviço do município, para deslocamentos no território nacional e no exterior;

Afastamento dos servidores, empregados e colaboradores com suspeita ou confirmação de contaminação pela Covid-19, pelo prazo mínimo de 10 dias;

Afastamento de servidores que atuam em órgãos municipais e que são considerados do grupo de risco (idosos, gestantes, os portadores de doenças cardiovasculares, pneumopatas, nefropatas, diabéticos, oncológicos, pessoas submetidas a intervenções cirúrgicas).

Aumento da frota de transporte público administrado pelo governo, durante os horários de pico.

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