Pai e madrasta são indiciados após morte de criança em São Luís

Menina de cinco anos teve morte cerebral no último dia 1º de agosto, no Socorrão 1.

Fonte: Aidê Rocha

Na terça-feira (10), a Polícia Civil indiciou pelo crime de tortura qualificada por morte o casal Erivaldo Campelo Marinho e Patrícia Almeida da Silva. Eles são, respectivamente, pai e madrasta de Hellyne Helloar Bogea Marinho, de cinco anos, que teve morte cerebral, no último dia 1º de agosto, no Hospital Djalma Marques, o Socorrão 1, em São Luís.

Aos médicos, a madrasta relatou que ela havia caído de uma rede e de uma janela do imóvel em que morava, no Residencial Albino Soeiro. A informação levantou suspeita da equipe médica, que acionou a polícia.

Segundo a delegada Kelly Haraguchi, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), responsável pela investigação do caso, a criança tinha vários hematomas pelo corpo, incluindo queimaduras, o que caracteriza claramente tortura.

“Os vizinhos confirmaram que a madrasta era muito agressiva. Ela dava muitos tapas na cabeça, no ouvido da criança, nas costas, e tinha quebrado um cabo de vassoura batendo na criança”, explicou.

Conforme a delegada, a perícia apontou que, diferente do que foi dito pela madrasta no hospital e em depoimento, a menina não apresentava lesões provenientes de queda de rede. O trauma causado na cabeça dela teria ocorrido em outra situação.

A madrasta foi presa ainda no hospital e o pai, na Vila Vitória, na região do bairro Cruzeiro de Santa Bárbara. Na época, uma menina de três e um menino de quatro anos, que estavam no imóvel e são filhos de Patrícia, foram entregues a uma tia do pai biológico.

Os irmãos estavam com várias cicatrizes e ferimentos pelo corpo.

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