Na manhã da última quinta-feira (17), produtores culturais, membros de blocos tradicionais, escolas de samba e demais agremiações, realizaram um manifesto, em frente às sedes do governo do Estado e da Prefeitura de São Luís, pedindo apoio para os profissionais do setor que estão desde 2020 sem poder trabalhar.
Em 2022, novamente devido à pandemia do novo coronavírus, o Carnaval não ocorrerá em São Luís e em outras várias cidades do Maranhão.
O produtor e secretário da Associação Ludovicense de Bandas e Blocos Alternativos, Cláudio Cruz, explicou que a categoria quer uma resposta por parte dos gestores. Segundo ele, até o momento, somente a Prefeitura divulgou edital, mas, também, não inclui todos que fazem o carnaval acontecer, como os blocos e trios.
Há um mês, ainda conforme o produtor, foi realizada uma reunião com o secretário adjunto de Cultura do Estado. Na ocasião, ele ficou de levar os pedidos ao secretário Anderson Lindoso, mas, até o momento, nenhum retorno foi dado.
“O nosso pedido era simples. Era que o Governo pagasse nosso cachê, assim como fez nos últimos dois anos, e nós ficássemos à disposição. Quando tiver programação, nós faremos. Todo ano a gente se apresenta e passa três meses para receber. Então assim como confiamos no Governo, eles também precisam confiar na gente”, frisou Cruz.
Para o representante da Escola de Samba Mocidade Independente da Ilha, Josafá Ferreira Lima, além da problemática de não ter o Carnaval, existe uma cadeia produtiva com centenas de pessoas que precisam muito dos recursos provenientes das festas.
“São os ferreiros, carnavalescos, costureiras, aderecistas, pessoas que fazem o carnaval junto com a entidade. Então, elas ficam na expectativa todo ano para ganhar esse subsídio e se manter. Ano passado tivemos um recurso ínfimo. Estamos na expectativa para saber qual será a ajuda financeira que a Prefeitura e o Governo vai nos dar”, destacou.
