‘Golpe do Tinder’ faz sete vítimas, e três foram mortas

Criminosos se passam por pretendentes marcando encontros em aplicativos para programarem armadilhas de sequestros e roubos.

Fonte: Redação / Cesar Galvão

Sete pessoas foram vítimas do “golpe do Tinder” na Grande São Paulo, segundo dados da polícia. Três vítimas foram mortas. Os crimes ocorreram entre janeiro e fevereiro de 2022.

Quatro casos foram registrados na Brasilândia, na Zona Norte, um na região do Jaguaré, na Zona Oeste, e um em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. 13 suspeitos foram presos pelas Polícias Civil e Militar por participarem do esquema, que consistia em atrair as vítimas por meio do aplicativo de namoro.

O número de vítimas pode ser ainda maior, acredita a polícia, porque, por vergonha ou medo, pessoas sequestradas não fazem boletins de ocorrência.

A polícia recomenda que encontros amorosos pela internet sejam marcados em locais públicos e com fluxo de pessoas.

Um das vítimas do golpe foi um piloto de helicópteros, de 26 anos. Os bandidos preparam uma armadilha, se passando por outras pessoas e marcaram o encontro pela internet. No momento em que ele chegou ao local, foi abordado pelos criminosos armados, que cercaram o veículo.

O piloto se assustou, deu ré, tentou fugir e os criminosos atiraram. Para a polícia, os criminosos buscavam sequestrar a vítima, pois já o esperavam em um carro escuro.

“As pessoas desceram armadas, ele se assustou, deu a ré, e o cara já atirou nele. Ele tomou um tiro na barriga, mas conseguiu dirigir até aqui e foi socorrido por um policial”, diz o pai da vítima, um técnico de seguros.

Na terça-feira (22), a PM prendeu 4 homens e 3 mulheres que mantiveram outra vítima – um homem – em cativeiro depois de outro encontro forjado. No local foi encontrada uma arma que pode ter sido usada em outros crimes.

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