Associação de Supermercados apresenta proposta para baixar custos da cesta básica

A desoneração da folha de pagamento foi uma das pautas apresentadas pela Abras.

Fonte: Aquiles Emir / Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro fez um apelo nessa quinta-feira (09) para que os supermercados reduzam a margem de lucro sobre os alimentos básicos para conter a inflação. O pedido foi feito no Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, organizado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras)

“O apelo que eu faço aos senhores, para toda a cadeia produtiva, para que os produtos da cesta básica, cada um obtenha o menor lucro possível, pra gente poder dar uma satisfação a uma parte considerável da população, especialmente os mais humildes”, afirmou o presidente Bolsonaro.

“Eu sei que a margem de lucro tem cada vez diminuído, mas peço que colaborem um pouco mais”, continuou.

Durante sua fala, o presidente ressaltou que a inflação é um problema atual no mundo inteiro, por causa dos efeitos da pandemia e da guerra na Ucrânia.

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras), na nota divulgada na tarde desta quinta-feira, 9, disse que se reuniu com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na terça-feira (07) e apresentou as seguintes propostas:

  • Isenção de impostos dos produtos da cesta básica
  • Desoneração da folha de pagamento

Mais de 50 varejistas estavam presentes na reunião e se comprometeram a repassar ao consumidor qualquer redução que houver na cadeia produtiva.

Guedes – O ministro da Economia, Paulo Guedes, participou da sessão com Bolsonaro, também por videoconferência. Ele citou esforços do governo federal para reduzir impostos e também reforçou o pedido para que os supermercados congelem os preços pelos próximos meses. O Brasil vive um período de inflação alta e terá eleições gerais em outubro.

“A conversa é o seguinte: ICMS, IPI, nós reduzimos esses impostos, então, ao longo da cadeia, trégua. É aquilo que você, João Galassi [presidente da Abras], disse muito bem, o seguinte: ‘nova tabela de preço, só em 2023’. Trava os preços! Vamos parar de aumentar os preços aí [por] dois ou três meses, estamos em uma hora decisiva para o Brasil”, afirmou.

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