Maranhão tem 19 casos suspeitos de varíola dos macacos sob investigação

Estado segue com apenas 2 casos confirmados, sendo um homem de 42 anos, sem histórico de viagens; e outro de 38, que viajou para BH.

Fonte: Luciene Vieira

A Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão (SESMA) já notificou 28 casos suspeitos de monkeypox, doença conhecida como “varíola dos macacos”. Deste total, sete casos foram descartados, 19 estão sob investigação, e há dois positivos.

Dos 19 casos investigados, três estão internados na rede de saúde pública, enquanto o restante apresenta sintomas leves e segue em isolamento domiciliar. A SES informou que os Centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) estadual e municipais seguem acompanhando.

Os casos foram registrados na cidade de Barão de Grajaú, Buriticupu, Timon, Zé Doca, Codó, Presidente Dutra, Grajaú, São Luís, São José de Ribamar, Viana, Codó e Bacuri. De acordo com a SES, os dois confirmados são moradores de São Luís.

Na última sexta-feira (12), a SES confirmou o segundo caso de varíola dos macacos (monkeypox) no Maranhão. O registro é de um homem de 38 anos, sem comorbidades, mas que tem um histórico de viagem para Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais.

Nessa terça-feira (16), a Secretaria não informou se estes dois pacientes, o de 38 e o de 42 anos, diagnosticados com a doença estão internados ou em isolamento domiciliar. Até sexta-feira, o homem mais novo estava em isolamento social e seu quadro clínico era estável.

No último dia 10, a Secretaria de Estado da Saúde confirmou o primeiro caso de varíola dos macacos, um homem de 42 anos, com comorbidades e sem histórico de viagem. Até sexta-feira, o paciente estava internado no Hospital Carlos Macieira (HCM), em São Luís, de responsabilidade do governo do Estado.

ESTADO REALIZA DIÁLOGOS E CAPACITAÇÃO

Em coletiva para a imprensa, na última sexta-feira (12), o secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes, informou que o governo do Estado adotou medidas de diálogos constantes com as prefeituras sobre a capacitação das redes estadual e municipais de saúde.

“Foi colocada à disposição todo o quadro de profissionais médicos infectologistas, para que, por meio da telemedicina, eles estejam nos municípios, e possam diminuir as dúvidas. É importante ressaltar que não existe emergência sanitária da varíola dos macacos, em comparação com a Covid-19”, destacou Tiago Fernandes.

Os casos suspeitos de monkeypox são verificados por meio de exames submetidos ao Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão (LacenMA). Também, na mesma coletiva, o diretor-geral do laboratório, Lídio Gonçalves Lima Neto, disse que estão havendo capacitações às equipes de laboratórios responsáveis pela coleta do material biológico, onde se pode detectar o vírus.

“Temos uma parceria com o Instituto Evandro Chagas, e é para lá que as coletas feitas pelo Lacen são levadas. Em breve, vamos fazer tudo pelo Laboratório Central, precisamos apenas de um insumo para o PCR, que é uma metodologia desenvolvida, com base em protocolos validados”, informou Lídio.

TRANSMISSÃO E SINTOMAS

A transmissão da varíola dos macacos acontece, principalmente, por contato com lesões causadas na pele. A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece que a via respiratória é um meio de entrada para o vírus, mas exige um contato próximo e prolongado. Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, dores musculares, glângios aumentados e dolorosos (ínguas) e erupções na pele.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO

As medidas de prevenção recomendadas pelas sociedades médicas são higiene frequente das mãos com água e sabão ou álcool 70%; evitar contato próximo com pessoas com casos suspeitos; evitar compartilhamento de objetos, incluindo roupas de cama; reduzir números de parceiros sexuais; isolamento dos casos suspeitos e confirmados e vigilância dos contactantes.

UPAS

Na Rede Estadual de Saúde, a porta de entrada para casos suspeitos da monkeypox são as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e, de acordo com a complexidade do quadro clínico, o paciente com suspeita da doença é encaminhado para uma das unidades de referência para tratamento da doença no Estado.

No interior do estado, as referências da rede estadual também são as UPAs, onde os pacientes suspeitos ficarão nos leitos de isolamento. Já na rede municipal de saúde as Unidades Básicas são referência para entrada de pacientes com casos leves da monkeypox.

Na capital, as referências para casos moderados e graves que precisarem de internação são o Hospital Dr. Carlos Macieira (HCM) e o Hospital da Ilha; nas demais regiões do estado, os hospitais macrorregionais.

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