Herdeiros de ganhador da Mega-Sena podem não tocar na fortuna

A morte do homem ganhador de R$ 47,1 milhões em um dos sorteios da Mega-Sena em 2020 levanta mais uma discussão

Fonte: Com MF Press

A morte do homem ganhador de R$ 47,1 milhões em um dos sorteios da Mega-Sena em 2020 levanta mais uma discussão em torno da questão do para quem vai uma herança nesse caso onde a vítima não era casada, não tinha filhos e os pais já eram falecidos.

No Brasil, em casos como esse, a quantia é repassada para os irmãos. Mas, há um ponto que também precisa ser abordado: o inventário.

Isso porque o inventário pode custar até 20% do valor do patrimônio. Caso a família herdeira seja de origem humilde, assim como o milionário antes do prêmio, o herdar pode se tornar um problema.

Por isso, segundo o especialista Thiago Sena, ter feito um seguro de vida que pudesse custear o inventário teria sido a melhor opção, com todas as ressalvas que a tragédia guarda.

“Uma vez contratado, mesmo que o titular não apontasse os beneficiários que, conforme já dito, receberiam os valores e que nesse caso a lei determina que sejam seus irmãos, o seguro serviria para cobrir o inventário”, explicou.

“Você imagina 20% de toda essa fortuna. Talvez, a depender da situação dos herdeiros, isso nunca seja inventariado. Ou seja, pode ser que eles nunca nem ponham a mão nesse patrimônio. Tanto por conta da demora do inventário, porque todo mundo da família pode querer um ‘pedaço’ dessa herança e também pelos custos desse processo”, completou.

Além do seguro de vida, Thiago falou que uma previdência privada poderia resolver essa questão. “Esses, por enquanto, não entram em processo de inventário e nem mesmo nos imposto de transição de causa mortis. Mas o seguro de vida resolveria, em primeiro lugar, toda essa questão. Porque a previdência é uma solução em construção, muitas vezes o valor pago antes da morte ainda não é suficiente para cobrir alguns custos, enquanto que o seguro seria uma solução completa para a questão”, garantiu.

 

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