Maranhão é o segundo estado com mais casos de hanseníase no país

As cidades com maior incidência de novos registros da doença são Imperatriz, Caxias e São Luís.

Fonte: Janaina Berredo

A hanseníase é uma doença endêmica no Maranhão. O estado é o primeiro do Nordeste em número de casos, e ocupa a segunda colocação a nível de Brasil. Esses dados foram divulgados durante o evento de abertura da Campanha Janeiro Roxo, realizado nessa terça-feira (17), no auditório do Hospital Aquiles Lisboa, localizado no bairro da Vila Nova, na Área ItaquiBacanga – São Luís.

Em 2021, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) contabilizou 1.922 casos de hanseníase no Maranhão. Em 2022, o número subiu para 2.099 registros da doença. O Maranhão apresenta maior incidência de novos casos em São Luís, Imperatriz e Caxias.

Segundo a coordenadora do Programa Estadual da Hanseníase da SES, Maria Raimunda Mendonça, houve um represamento de pacientes no período da pandemia.

“Agora, a detecção está voltada ao parâmetro que era antes da pandemia. Até 2019 tínhamos uma média de três mil casos por ano. Com a pandemia, reduziu quase 50%. Com a melhoria das condições sanitárias, da cobertura vacinal no estado, a população está voltando para as unidades básicas de saúde para problemas que não são covid. A gente supõe que exista uns 2.500 pacientes represados, sem diagnóstico”, estimou.

A coordenadora explicou que a porta de entrada no SUS para o atendimento da doença é a Atenção Primária. “As ações de controle de hanseníase estão inseridas no elenco da Atenção Primária. Assim que a pessoa perceber lesões e manchas na pele, áreas de dormência, diminuição de força muscular das mãos e dos pés, precisa se dirigir à uma unidade de saúde. Lá, vai fazer o primeiro atendimento, identificar se as lesões são suspeitas e iniciar o tratamento”, informou.

TRANSMISSÃO

A transmissão da hanseníase ocorre por meio das vias respiratórias (secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro). O teste para detecção da hanseníase é clínico. Toda medicação é oferecida pelo SUS de forma gratuita.

Após iniciar o tratamento, o paciente não transmite mais a doença. “Fizemos a abertura do Janeiro Roxo como forma de mostrar que o estado do Maranhão vem trazendo trabalho desde a Atenção Primária e também a Especializada. Em todo estado ofertamos várias ações, mobilizamos e apoiamos os municípios como forma de fazer a busca ativa e o diagnóstico precoce. O mês é para mobilizar e intensificar, mas o acompanhamento é anual. O estado monitora e dá apoio aos municípios”, destacou a secretária adjunta de Atenção Primária e Vigilância em Saúde do Estado, Waldeisi Pereira.

Durante a programação, houve palestra, consultas para pessoas com suspeita de hanseníase, aferição de pressão arterial, glicemia capilar, testes rápidos para ISTS, dentre outros serviços.

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