I Festival Ayó de Música Negra acontece nesta sexta em São Luís

Evento gratuito valoriza artistas e empreendedores do Maranhão

Fonte: Com informações da assessoria

SÃO LUÍS – O I Festival Ayó de Música Negra do Maranhão se propõe a ser um espaço de pertencimento, encontros, trocas e de reverência à cultura ancestral afro-brasileira. Com realização da Associação Cultural Pé no Chão e patrocínio da Petrobras, o evento acontece nesta sexta-feira, 20, a partir das 18 horas, no Convento das Mercês.

A primeira edição do Festival dá uma amostra do que o terceiro estado brasileiro de maior população negra herdou e atualiza cotidianamente com seus mestres e mestras da cultura. O line up traz: Tambor de Crioula de Taboca da Casa Fanti Ashanti – Abanijeum, manifestação que existe desde 1960, a genialidade afrofuturista do DJ Pedro Sobrinho, a turma pesada do Bumba Meu Boi de Leonardo, a força e representatividade feminina do grupo Samba de Mina, o primeiro bloco afro do Maranhão – Akomabu, um pocket show da cantora Célia Sampaio, apresenta as experimentações audiovisuais do Criola Beat – espaço de convergência de novos artistas e culmina com o Show Ayó, que tem a participação das Mulheres de Axé: as cantoras Andréa Frazão, Dicy Rocha, Fran Di Jesus, Luciana Pinheiro e Paula Guterres.

O Festival Ayó também reservou espaço para promover a economia preta e valorizar empreendedores. Terão estande as marcas: Crioulos, Mundo da Sol, Villa Brechó, Baú dos Desapegos, Joias artesanais, Bunmi Brechó e Bebida Ayo, Kolobô, Fran Alves, Coisas da Vida e Odara Artes. São artigos de bijuteria, vestuário, artesanato entre outros.

A palavra Ayó, que dá nome ao festival, é de origem iorubá e pode ser traduzida, como alegria, felicidade, exaltação e abundância. O festival busca valorizar música negra produzida no estado e é mais uma oportunidade de visibilidade e confraternização de artistas maranhenses, conta Andréa Frazão, cantora e idealizadora deste projete que, por meio da Associação Cultural Pé no Chão, ficou entre os 15 selecionados do edital “Múltiplas Expressões”, do Programa Petrobras Cultural.

A escolha do Convento das Mercês para ser palco do festival está ligada à proposta do edital, que busca apoiar iniciativas que agregam a valorização da cultura brasileira, realizados em museus, centros culturais e instituições culturais. Um dos Sete Tesouros de São Luís, o Convento das Mercês é uma edificação construída em 1654 para fins religiosos e, atualmente, é sede da Fundação da Memória Republicana Brasileira e espaço de cultura que abriga eventos diversos. Permanece a imponência do prédio colonial, de paredes largas e pedras de cantarias, cujo poço situado no pátio central funciona até hoje.

Outro ponto interessante, é que a data de realização do festival coincidiu com o dia de São Sebastião, que é sincretizado com o orixá Oxóssi. No Maranhão, particularmente, é dia de festa também nos terreiros de tambor de mina, pois se homenageia Dom Sebastião, aquele que teria se encantado nos Lençóis Maranhenses. O I Festival Ayó de Música Negra já nasce com muito axé.

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