‘Vape de vitaminas’para exercícios é proibido

O “health vape” ou “vape de vitaminas” foi apresentado em um vídeo que fazia propaganda do produto nas redes sociais

Fonte: Com Agências

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nota nesta quarta-feira (1º) para reafirmar que a “comercialização, a importação e a propaganda” de dispositivos eletrônicos para fumar são proibidos, “independentemente de sua composição e finalidade”.

O veto inclui um novo modelo de cigarro eletrônico chamou a atenção das redes nesta semana ao prometer alta performance e benefícios para a saúde com a suposta inalação de vitaminas, hormônios e produtos naturais.

O “health vape” ou “vape de vitaminas” foi apresentado em um vídeo que fazia propaganda do produto nas redes sociais – após viralizar, o perfil que fez a postagem apagou a conta no Instagram.

“Para suplementos alimentares a regra não é diferente. A apresentação de vitaminas e outros alimentos oferecidos na forma de dispositivos eletrônicos para fumar (DEF) são proibidos, considerando que o próprio dispositivo não é permitido e que suplementos alimentares são produtos de ingestão oral. Recente veiculação em mídias sociais apresentam um produto que supostamente teria esta função, mas sem qualquer tipo de comprovação ou regularização no país”, alerta a Anvisa.

O dispositivo parece uma caneta. No vídeo que viralizou, uma mulher fuma o cigarro eletrônico enquanto faz exercícios físicos. Afirma que o produto não tem nicotina – principal responsável pela dependência – e é feito de “concentrados vitamínicos”.

Em uma pesquisa na internet, é possível encontrar os health vapes em seis sabores, com combinações diferentes de vitaminas, aminoácidos, hormônios e plantas medicinais que causariam diversos efeitos no corpo. Um deles, por exemplo, seria “para descansar”: na composição, melatonina (o hormônio do sono) e camomila. Outro, “para dar energia”: com vitamina B12 e cafeína.

Ana Cláudia Bonassa, do canal “Nunca vi 1 Cientista”, desmente todas essas promessas. A bióloga e doutora em ciências com ênfase em Fisiologia Humana pela Universidade de São Paulo (USP) afirma que não há estudos que comprovem esses benefícios.

“Vaporizar e inalar vitaminas não dá energia. Não existe isso de você vaporizar a melatonina para melhorar o sono, porque não há evidências”, coloca a cientista.

“A decisão da Anvisa se baseou no princípio da precaução, devido à inexistência de dados científicos que comprovassem alegações atribuídas a esses produtos”, disse ainda.

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