Mesmo com anúncio de novos salários, professores mantêm greve na rede estadual de ensino

Na manhã dessa terça-feira (14), os educadores fizeram novo ato na região central de São Luís.

Fonte: Luciene Vieira

Nessa terça-feira (14), os professores estaduais do Maranhão voltaram às ruas para reivindicar do governo do Maranhão o reajuste salarial de 14,95%, com relação ao piso de 2022. O ato público aconteceu em São Luís, pela manhã, em frente ao Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema), localizado no antigo prédio do Colégio Marista, no centro da cidade.

“O governo do Estado apresentou, até hoje (ontem) a recomposição, colocando no piso, tanto do professor contratado de 20 horas, quanto o de 40 horas. É estranho o governo estadual estar fazendo isto, haja vista que o reajuste para os professores efetivos, oferecido pelo Executivo estadual, tenha sido de 11%, dividido em três vezes”, informou o presidente do Sinproesemma, Raimundo Oliveira.

A proposta de 11% foi apresentada na última sexta-feira (10). Seriam os 11% de acréscimo aos salários, pagos em três parcelas com efeito retroativo a janeiro, junho e setembro; e ainda mais três medidas de valorização docente. A primeira proposta do governo foi de reajuste de 8,67%, depois 10% e agora 11%.

Os dirigentes do Sinproesemma, que já haviam rejeitado as duas propostas de reajuste salarial apresentadas, reiteraram a reivindicação pelo percentual de 14,95%. Já nessa segunda-feira (13), o governador Carlos Brandão anunciou novos salários para os professores da rede pública estadual.

De acordo com o texto divulgado pelo governador, a partir deste ano, os educadores passam a receber salários de R$ 2.210,28 para 20horas e R$ 4.420,55 para 40horas, ainda com direito a pagamento retroativo de janeiro.

OUTRO LADO

“A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informa que, nessa segunda-feira (13), foram realizadas duas audiências, promovidas pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Justiça (TJMA), para tentar um acordo com a classe docente.

O governo do Maranhão manteve a proposta de reajuste de 11% aos professores, com pagamento retroativo a janeiro, parcelado em três vezes, atendendo os limites fiscais e orçamentários do Estado, além de propor a realização de uma auditoria na folha de pagamento, por requerimento do Sindicato; constituir uma comissão para atualização e revisão do Estatuto do Educador e uma comissão para analisar futuramente a incorporação da Gratificação por Atividade no Magistério (GAM).

O governo ressaltou, também, a disposição em continuar o diálogo permanente com o Sindicato em busca de consenso para o encerramento da greve. Nas duas Audiências, o Sinproesemma rejeitou, mais uma vez, a proposta”, informou, por meio de nota, a Seduc.

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