No futuro, sua consulta médica pode ser com um médico virtual. E os sistemas de inteligência artificial no seu smartphone, como Alexa e Siri, serão capazes de fazer muito mais do que apenas ler a previsão do tempo ou fazer buscas na internet. É o que diz James Canton, CEO do Instituto for Global Futures e especialista em novas tendências de negócios e tecnologia.
O futurista diz que a vida humana vai mudar nos próximos cinco anos graças ao avanço tecnológico. Entre as maiores mudanças, ele aponta a realidade aumentada, que será uma “mistura” do ambiente físico e dos fluxos de dados.
Outra revolução será nos serviços de saúde. Órgãos feitos com impressão 3D, médicos virtuais e diagnósticos baseados em inteligência artificial serão comuns nas unidades médicas.
Inteligência artificial, aliás, deve ser uma área quente nos próximos anos. Uma pesquisa de mercado feita pela Gartner prevê que o valor comercial global da inteligência artificial poderá atingir US$ 3,9 trilhões em 2022, de US$ 1,2 trilhão em 2018.
Startups indo para o espaço
“Muitas empresas em todo o mundo vão competir por tudo, desde terras lunares a terraplanagem de Marte”, disse Canton. A computação quântica também vai mudar — e muito. Por meio dela, será possível aumentar a segurança cibernética com criptografias mais inteligentes.
Novos players
As grandes empresas de tecnologia estão desbravando áreas em que não costumavam atuar. É o caso do Facebook, que vende produtos de realidade virtual da marca Oculus VR; da Apple que oferece ferramentas para desenvolvedores criarem aplicativos de realidade aumentada para iPhone; e da Microsoft que vende fones de ouvido com realidade mista. Na corrida pelos supercomputadores, tanto a IBM quanto o Google estão realizando pesquisas em computação quântica.
Para Canton, no entanto, é cedo para saber quem será o líder em cada setor. “Isso não significa necessariamente que os gigantes da tecnologia de hoje sejam necessariamente os líderes de amanhã”, diz. “Eu acho que novos jogadores entrarão em campo”.