A Etna, rede de lojas de móveis e objetos de decoração, vai abolir o termo “criado-mudo” de seu catálogo. Lançada no dia da Consciência Negra, a ação explica a origem do nome dado ao móvel, promovendo assim uma reflexão sobre o racismo no país.
Segundo a Etna, a mudança acontece porque, apesar de muitas pessoas não saberem, ou não se darem conta, o nome do móvel remete à época da escravidão no Brasil, mais precisamente ao escravo que passava a noite em silêncio, ao lado da cama, “tomando conta” dos nobres. Por ser um objeto inanimado e ter utilidade equivalente à de um mordomo, o móvel que surgiu anos depois passou a ser chamado de criado-mudo.
A partir de hoje, a peça passará a ser chamada de “mesa de cabeceira” em todas as lojas físicas e no site da marca. Com a ação #criadomudonuncamais, a rede varejista pretende que outras empresas do segmento também parem de usar o termo. Os fornecedores da Etna também serão convidados a excluírem a nomenclatura das embalagens, manuais e notas fiscais.