Continuar duplicação da BR 135 e recuperar as 222 e 226 são prioridades do Dnit para este ano

Órgão dispõe de um orçamento de R$ 784 milhões para o Nordeste em 2020, dos quais R$ 213 milhões são para o Maranhão.

Fonte: Aquiles Emir

Ao participar, nesta quinta-feira (06), de reunião com empresários na Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema), o superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Glauco Ferreira da Silva, anunciou que as prioridades para este ano no estado são as recuperações das BRs 135, 222 e 226, bem como execução de projetos de restauração do pavimento em seus trechos críticos, e manutenção no restante da malha.

O presidente da Fiema, Edilson Baldez, disse que o papel da sua entidade é facilitar o entendimento entre o poder público e o privado. “O que tem acontecido nesse país, e em nível de estado e município não é diferente, é que se inicia uma obra, às vezes sem projeto, às vezes sem dinheiro, sem o compromisso, e a situação fica aí. A empresa começa a fazer a obra, mas, quando chega no meio, para e quando vai reiniciar, aquilo que foi feito já está perdido”, criticou.

Segundo Baldez, é um desperdício muito grande de recurso. “Quando nosso ministro [Tarcísio Gomes de Freitas] esteve aqui, conversamos com ele sobre esse assunto, e ele ficou, segundo disse, muito alarmado pelos problemas que constatou in loco. Eu tenho visto e ouvido notícias a respeito da linha como ele vem desenvolvendo esse trabalho, e nós estamos muito certos de que a coisa começa a tomar um novo rumo”.

Para o superintendente do DNIT, existe um direcionamento nacional para evitar as interrupções e não términos de obras em todo o país. “Identificamos, na primeira reunião que tivemos em Brasília, que o que se quer fazer é o que o presidente da Fiema falou: obras com princípio, meio e fim. Com isso, mudamos um pouco o planejamento que havíamos feito antes, porque, como os recursos são escassos, vamos fazer para começar e terminar”.

No Maranhão, disse ele, as prioridades serão as BRs 135, 222 e  226. “Não que as outras não terão ações, mas concentraremos nessas três rodovias nossos maiores esforços, pois são as que estão em pior condição”. De acordo com Glauco, o DNIT dispõe de um orçamento de R$ 784 milhões para o Nordeste em 2020, dos quais R$ 213 milhões são para o Maranhão, sendo R$ 10 milhões para projetos.

Obras em rodovias – Para a BR 135, o superintendente informou aos empresários que devido a rescisão do contrato celebrado com o consórcio Serveng/Aterpa, empresa que era responsável pelas obras na rodovia, foi celebrado um Termo de Execução Descentralizada (TED) com o Exército Brasileiro, no valor de R$ 42 milhões, para conclusão da duplicação entre o Km 24 e Km 51, da Estiva até o Estreito dos Mosquitos, que deve iniciar a partir de junho, após o período chuvoso, até 2022. Também está no planejamento do órgão a execução de serviços de restauração para adequação da capacidade do sub trecho Bacabeira a Miranda do Norte (Km 51,4 ao Km 125,72) no valor de R$ 16 milhões.

Para a BR 222, o DNIT garantiu serviços de conservação e manutenção de pontos isolados no trecho que vai do Km 74,60 (Chapadinha) até o Km 219,50 (Itapecuru). Para o trecho entre o Km 249,20 (Miranda do Norte) e o Km 406,20 (Santa Luzia) está entre as metas para 2020, a execução de serviços de manutenção, dando trafegabilidade ao segmento em toda sua extensão, além de um novo contrato de manutenção que será licitado, para restauração.

Já para a BR 226, o contrato atual será rescindido e serão feitos três novos contratos menores para manutenção. “Estamos executando serviços de capa asfáltica no segmento entre as cidades de Grajaú e Barra do Corda e em negociação com as comunidades indígenas para retomada dos serviços de tapa buraco no trecho das reservas”.  Para 2020, serão destinados R$ 29 milhões de reais.

O presidente do Conselho Temático e vice-presidente da Fiema, José de Ribamar Barbosa Belo, ressaltou a importância do tema, e reafirmou a função do grupo de trabalho na discussão sobre as obras nas rodovias. “Nosso conselho foi criado exatamente para isto: avaliar, acompanhar e propor sugestões sobre a disponibilidade e a qualidade de infraestrutura no Maranhão, principalmente nas áreas de energia, transportes, portos, saneamento básico e telecomunicações”.

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