Na última sexta-feira, 7 de fevereiro, uma mulher e o filho dela, de apenas 4 meses, foram assassinados com cerca de 30 facadas, na Gardênia Azul, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Os corpos de Marileide da Silva Nascimento, de 24 anos, e de Bryan Lucas estavam numa casa, na Rua Arão Stamburg.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que o ajudante de pedreiro Luís Fernando Guimarães Barbosa, de 21 anos, acusado de assassinar a dona de casa Marileide da Silva Nascimento, de 24 anos e seu filho, foi morto a pauladas no mesmo bairro. De acordo com moradores, a milícia que atua na comunidade teria sido a responsável por autorizar a execução de Luís. Os autores jogaram o corpo dele no Canal do Anil.
Segundo a testemunha, o ajudante de pedreiro teria sido espancado na frente de várias pessoas até morrer. Após o crime, o corpo foi deixado no canal e os executores fugiram.
Tanto Marileide da Silva quanto Luís Fernando eram naturais de Buriti Bravo, Maranhão. O ajudante de pedreiro já morava no Rio há quatro anos. O corpo dele foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML).
Segundo a polícia, Luis Fernando pretendia matar a ex-companheira, identificada como Lucilene Pereira da Silva, de 22, prima das vítimas. Os três – Marileide, Bryan e Luciene – moravam juntos.
Uma crise de ciúmes pode ter motivado os assassinatos. É o que garante a Polícia Civil. Luís, segundo os investigadores, só matou a mulher e o filho dela porque a ex não estava em casa. A antiga companheira do ajudante de pedreiro se encontrava passando um tempo com uma amiga.
Luciene e Luís ficaram juntos por oito meses. No entanto, por conta das constantes agressões, a mulher decidiu dar um ponto final no relacionamento. Só que há três meses — data do fim do namoro — o homem vinha ameaçando constantemente a ex-namorada.
“No Natal do ano passado, durante a festa da família, ele me bateu na frente da minha avó. Por isso, decidi terminar. A partir daí, minha vida virou um inferno. Ele passou a me perseguir, me bater na rua quando eu voltava do trabalho e dizer que iria me matar a facadas”, lembrou Luciene.
Segundo a mulher, ela alugou uma casa com a prima, morta na sexta-feira, 7, para tentar se livrar das agressões. No entanto, Luís Fernando entrava na residência sem autorização e as agrediam.
“Ele chegou a entrar lá em casa e bateu em mim e na minha prima. Por isso, eles brigaram feio. Na última semana, ele me ameaçou. Com medo, passei a dormir na casa das minhas amigas”, contou Luciene.
Corpos de mãe e filho serão enviados para o Maranhão
Os corpos da dona de casa Marileide da Silva Nascimento, de 24 anos, e de seu filho Bryan Lucas Júnior, de 4 meses, serão transladados nesta terça-feira, 11, de avião, para a cidade de Buriti Bravo, no Maranhão. Ambos foram assassinados na manhã da última sexta-feira, com mais de 30 facadas, na Comunidade Gardênia Azul, na Zona Oeste do Rio.
Parentes de Marileide se deslocaram até o Rio de janeiro para resolver a burocracia. O voo para o Maranhão deverá sair no começo da tarde.