O dólar turismo bateu recorde nesta quinta-feira (27) nas casas de câmbio de São Luís. A moeda norte-americana está sendo vendida a R$ 4,76. O euro, tradicionalmente mais alto que o dólar atingiu a marca histórica de R$ 5,27.
Em São Paulo, a média da moeda norte-americana ficou em R$ 4,70 e o euro em R$ 5,18.
No Rio de Janeiro, o valor do dólar em espécie oscilou, sendo comercializado entre R$ 4,62 e R$4,73. O dólar mais barato era cotado a R$ 4,64, já incluindo o valor do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que é de 1,1% para compras em dinheiro. No cartão, o imposto é de 6,8%. Na véspera, o dólar era vendido entre R$ 4,59 e R$ 4,67 em espécie.
Tensão global
O número de novas infecções por coronavírus na China, fonte do surto, foi pela primeira vez superado por novos casos no restante do mundo na quarta-feira, aumentando os temores de uma pandemia.
“O impacto do coronavírus continua sendo uma incógnita e uma ameaça para a economia mundial”, resumiu em nota Jefferson Rugik, da Correparti Corretora, citando movimentos de proteção.
Por conta de fluxos elevados de capitais para mercados de menor risco, o dólar segue se valorizando frente a outras moedas, em especial moedas de países emergentes como o real.
No exterior, as principais bolsas europeias recuaram, após mais empresas alertarem que o surto afetará seus lucros e resultados, incluindo Microsoft e AB InBev. Na China, as bolsas fecharam em leve alta, com um menor número de mortes devido ao coronavírus e após o governo sinalizar mais suporte para a economia doméstica.
Embora o maior número de casos confirmados e os principais impactos ainda estejam concentrados na China, os temores de uma pandemia intensificaram-se com autoridades pelo mundo lutando para prevenir a disseminação do vírus, que já foi registrado em cerca de 30 países, gerando interrupção de produção e consumo na China, e também a paralisação de algumas atividades em países como Coréia do Sul, Japão e Itália.
No Japão, todas as escolas de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio foram orientadas nesta quinta a ficar fechadas até o fim das férias da primavera em abril para ajudar a conter o surto.