Uma pesquisa da faculdade de medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG) constatou vantagens do azeite de oliva extra virgem ao comprovar que o uso, aliado a uma dieta tradicional brasileira, minimizou ou estabilizou perda de massa óssea em adultos obesos. O estudo acompanhou 111 adultos com obesidade grave por três meses.
Os pacientes foram divididos em três grupos. O primeiro recebeu 52 ml de azeite de oliva extra virgem por dia. O segundo recebeu apenas a dieta tradicional brasileira e o terceiro grupo recebeu 52 ml de azeite por dia aliado à dieta tradicional brasileira.
Aqueles que deveriam utilizar o azeite também foram orientados a usar dois sachês no almoço e dois no jantar, o que totalizou 52 ml por dia. Essa quantidade equivale a três colheres e meia de sopa por dia.
Após as intervenções percebeu-se que a densidade mineral óssea da coluna e quadril foram maiores no grupo que recebeu a dieta brasileira aliada com o azeite de oliva extra virgem.
A pesquisa foi coordenada pela professora Erika Aparecida Silveira com mestrandos e doutorandos do programa de pós-graduação em Ciências da Saúde da faculdade de medicina da UFG. As análises sobre o efeito na massa óssea foram desenvolvidas durante o doutorado da pesquisadora Camila Kellen de Souza Cardoso, professora da PUC Goiás.
“Esse é um resultado expressivo para apenas 3 meses de intervenção nutricional”, afirmou a professora Erika Silveira.
De acordo com o estudo, a perda de massa óssea pode levar a osteopenia ou osteroporose, problemas comuns em pessoas acima de 50 anos, mas que também atinge pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 35 kg/m².
A osteopenia e osteoporose aumentam o risco de fraturas e também de incapacidade física causada por problemas osteoarticulares. Essas doenças também afetam idosos, sendo que a osteoporose acomete mais de 200 milhões de pessoas no mundo. A pesquisa foi publicada em uma revista científica internacional.