Os trabalhadores da construção civil continuam nos canteiros de obras em São Luís, situação que tem preocupado funcionários e seus familiares. Relatos enviados à redação do Jornal Pequeno mostram que algumas empresas estão recusando suspender as atividades.
“Eu e minha família trabalhamos em uma construtora que se recusa a seguir as recomendações da distância social e estão ameaçando descontar no salário os dias não trabalhados daqueles que decidem ficar em quarentena,” afirmou uma pessoa que pediu anonimato.
Em outra denúncia, o funcionário destacou que os operários precisam compartilhar refeitórios, vestiários, ferramentas e a maioria faz uso diário do transporte público. “Existem trabalhadores com mais de 60 anos que continuam se expondo ao risco pois não foram autorizados a se afastar de suas funções”, afirmou um trabalhador da capital.
Em contato com o Jornal Pequeno na noite desta segunda-feira (23), o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Maranhão (Sinduscon), Fábio Nahuz, afirmou que o setor da Construção Civil não está alçada por nenhum decreto editado até o momento. Mas, mesmo assim, de acordo com Nahuz, um diálogo constante está sendo realizado com todos os atores para que nenhum trabalhador seja prejudicado.
Ainda segundo Fábio Nahuz, algumas obras como por exemplo construção de hospitais, asfaltamento e saneamento são de caráter essenciais, não podendo ser paralisadas neste momento.
O Sinduscon acrescenta que não existe até o momento qualquer determinação para paralisação. Isso é uma decisão de cada construtora. Para aquelas que optarem pela manutenção do andamento das obras, é obrigatória a observância de todas as orientações oriundas das autoridades de saúde, visando assim proteger a saúde dos trabalhadores e reduzir a propagação da Covid-19.