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Quanto tempo o coronavírus sobrevive na maçaneta do carro?

Estudo indica que em superfícies mais lisas como plástico e aço o vírus pode sobreviver por até três dias

Fonte: Renan Sousa e Michelle Ferreira

Não tem jeito: a maçaneta é o lugar onde você, com toda a certeza, irá tocar. Uma pesquisa da The New England Journal of Medicine testou a sobrevivência do novo coronavírus (Covid-19) em diversas situações.

O resultado apontou que o vírus consegue permanecer até três horas no ar, enquanto no cobre, até quatro horas.

Em embalagens de papelão, o vírus pode sobreviver até 24 horas e, em superfícies de plástico e aço inoxidável (maçanetas), até três dias.

Essa diferença tem explicação. Segundo Marcos Boulos, coordenador da Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e médico infectologista, isso se deve ao fato de que o vírus sobrevive na saliva humana e, como esses materiais são mais “lisos”, é mais fácil dessa secreção se fixar do que em superfícies rugosas.

Segundo Boulos, o plástico e o ferro não absorvem tanto quanto outros materiais. “O cobre tem a superfície mais áspera, e quanto mais brilhante e mais protegida, mais polida, a saliva fica mais tempo alí”, comenta.

A boa notícia, segundo ele, se deve ao fato dessas superfícies mais lisas serem mais fáceis de limpar.

Para fazer a limpeza da peça, o indicado é usar álcool 70% ou sabonete neutro. E isso vale para as partes internas e externas do carro.

O sabonete neutro é aquele cujo pH (o índice de acidez, ou seja, poder de corrosão) é próximo da média, portanto ele não vai causar danos à maioria das superfícies, como a pele e a maioria dos materiais.

Já para aqueles que têm motos, a recomendação é a mesma: higienizar as superfícies do guidão, tanto as de plástico borracha quanto as metálicas, e banco sempre que terminar de dirigir. “Mesmo com a luva, o mais indicado é lavar as mãos. Isso evita a contaminação por esse tipo de vírus”, comenta.

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