Os profissionais que atuam na assistência aos pacientes com Covid-19 são os verdadeiros heróis desta pandemia. Nem mesmo os riscos inerentes ao contato com os pacientes os demovem da satisfação em continuar fazendo o que mais gostam: cuidar das pessoas. Com dedicação, coragem, força, fé e esperança, eles levam aos pacientes o alívio e apoio emocional que tanto precisam para encarar a doença e se curar.
Dois exemplos desta dedicação no Hospital São Domingos são as enfermeiras Altayza Silva e Valeria Andrade, que representam os outros profissionais que também têm atuado para enfrentar a crise. Além de suas rotinas familiares, pessoais, elas se dedicam por completo aos cuidados com os pacientes, e ainda se dispõem a treinar os demais membros da equipe de Enfermagem sobre técnicas de manejo dos pacientes e também como se protegerem, por meio do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
“Nestes três anos em que estou no hospital, já presenciei e vivi muitas coisas. Já cuidei e ajudei a restabelecer a volta de pacientes para casa com a melhora do quadro e a alta e, agora com esta pandemia, estamos tentando enfrentar essa batalha juntos. Estamos bastante dedicados para melhora do quadro dos pacientes e tornando também tudo mais humanizado, pois como ficam sozinhos, sem a família, se sentem mais fragilizados. Então a gente busca acolher os pacientes fazendo eles se sentirem como se estivessem em casa para ajudar no restabelecimento deles”, afirma a enfermeira Valéria Nunes Andrade.
Ela conta ainda que nunca pensou em passar por uma pandemia desta. “Medo todos nós temos, mas temos nossa responsabilidade em cuidar do paciente e temos que tomar muito cuidado para não se infectar e nem infectar outras pessoas. Estamos juntos. Não podemos dar as mãos, neste momento, mas todos podem contar uns com os outros”, diz Valéria Andrade.
Este mesmo espírito de ajuda tem a enfermeira Altayza Sousa Silva. “Nosso senso de responsabilidade nesta hora tem que ser maior do que qualquer sentimento de medo, preocupação ou tristeza. A enfermagem fica 24 horas na linha de frente com o paciente, batalhando pela sua cura. Nosso contato maior é com os pacientes e nossa preocupação é tanto cuidar quanto levar carinho, dar conforto e tranquilidade. Não é só médico, enfermeiro ou técnico, é o pessoal da nutrição, hotelaria, manutenção, limpeza, todos estão envolvidos”, afirma ela.
A enfermeira Altayza diz ainda que o mundo passa por um momento de medo. “Mas temos que ter certeza de que somos os responsáveis pelo cuidado, pelo apoio que os pacientes esperam da gente por estarem longe de suas famílias. Este é o momento de nos colocarmos no lugar do próximo”, destaca ela.
PROTEÇÃO INDIVIDUAL
As enfermeiras enaltecem o apoio que a equipe tem recebido do Hospital São Domingos, principalmente quanto à proteção e treinamento da equipe. “O hospital disponibiliza todos os equipamentos de proteção individual, como capotes, óculos de proteção, máscaras N95, roupa privativa e está cada vez mais buscando equipamentos avançados de proteção, tudo para reduzir os riscos para a equipe e nos deixar mais seguros durante o atendimento aos pacientes com a Covid-19”, detalha Altayza.
A roupa privativa, um dos equipamentos de proteção utilizados pela equipe, dão maior segurança, segundo as enfermeiras, porque protege tanto os profissionais durante a assistência na área de isolamento quanto os colegas e familiares. “A gente usa a roupa privativa na assistência ao paciente e retira quando sai da área isolada. Assim, a roupa que voltamos para casa não tem contato com as áreas de risco”, afirma Altayza.
E para garantir essa proteção permanentemente aos profissionais da linha de frente, as enfermeiras pedem às pessoas que evitem usar, por exemplo, as máscaras sem necessidade, pois daqui a pouco não haverá nem para os profissionais de saúde. “Pessoas saudáveis não precisam usar máscara. Devem usar só quem está gripado ou tendo algum sintoma da Covid-19”, orienta Valéria Andrade.