A máscara se tornou a principal proteção contra a Covid-19 para aqueles que precisam sair de casa em plena pandemia. Por isso, desde o dia 15 deste mês, elas são de uso obrigatório nos supermercados, mercados, quitandas e similares de todo o Maranhão, conforme o decreto do governador Flávio Dino.
O documento também obriga a redução à metade a entrada de pessoas nestes locais. E afirma que apenas metade das vagas dos estabelecimentos poderá ser ocupada. E só pode ser usada metade dos carrinhos e cestas de compras. Além disso, os mercados devem cuidar para que somente uma pessoa por família ingresse, ao mesmo tempo, no estabelecimento.
Antes mesmo de o decreto do governo do Estado entrar em vigor, já era possível perceber que a máscara já fazia parte da rotina do maranhense. No vaivém das ruas e nos estabelecimentos comerciais, muitos já tinham incorporado a peça ao vestuário. Porém, com a obrigatoriedade, nos bairros São Francisco, Renascença, Madre Deus, Anjo da Guarda e Bairro de Fátima, era grande ontem o número de pessoas circulando com a proteção.
Nestes bairros, o Jornal Pequeno verificou também se os estabelecimentos comerciais estão cumprindo as demais medidas de prevenção ao contágio da Covid-19, citadas no decreto. Em uma padaria do Bairro de Fátima, as funcionárias do estabelecimento disseram ter percebido mais gente usando máscara.
Nonata Torres e Liliane Silva trabalham protegidas. De máscaras e com álcool em gel no balcão da padaria, elas disseram que se recusam a atender clientes que não estejam também com o equipamento de proteção. “Colocamos um cartaz na fachada da padaria avisando sobre o uso da máscara. Há quem ainda se recuse a usá-la, mas é a minoria”, informou Liliane Silva. “Já a maioria respeita inclusive o distanciamento de um metro e meio”, concluiu Nonata Torres.
Em um mercado de pequeno porte instalado na feira do Bairro de Fátima, a funcionária do caixa, Gracimere Bayma Carvalho, disse que só atende aos clientes com máscaras. “Temos este aviso sobre o uso obrigatório do acessório bem na porta do estabelecimento. Deixo o vidro de álcool em gel próximo a mim, pois no momento que os clientes estão realizando o pagamento das compras, eu ofereço álcool em gel para eles. E se vir mais de uma pessoa da mesma família, apenas uma entra. A outra fica na porta”, informou Gracimere.
Nos bairros do São Francisco e Renascença, os supermercados bloquearam parte das vagas nos estacionamentos, com o uso de cones e fitas de isolamento. No Hiper Bom Preço, por exemplo, um funcionário fica na porta de entrada do estabelecimento com álcool em gel, e monitora a quantidade de pessoas que entra no local. Nos supermercados, também foi diminuída a quantidade de carrinhos e cestas de compra nas portas, à disposição dos clientes.
Na Avenida Ribamar Pinheiro, na Madre Deus, o supermercado Bom Levar faz uso de um funcionário na porta do estabelecimento, cujas funções é impedir a entrada de clientes sem máscaras e colocar álcool em gel nas mãos de qualquer pessoa que acesse ao espaço.
No Bom Levar, assim como nos demais estabelecimentos comerciais visitados pelo JP, ontem, os funcionários utilizavam máscaras, e alguns estavam de luvas. E, nas portas dos estabelecimentos, os cartazes com os avisos sobre as medidas do decreto.
No Supermercado Mateus, na Área Itaqui-Bacanga, boa parte do estacionamento está vazia, desde que o empreendimento vedou várias vagas para carros com cones e fitas. No bairro do Anjo da Guarda, em um supermercado da Avenida Moçambique havia uma pequena fila, pois, a entrada de pessoas está sendo controlada e limitada.
FISCALIZAÇÃO
O governador Flávio Dino declarou durante a divulgação do decreto, na quarta-feira (15), que as ações de fiscalização e sanções ganharam reforço, principalmente na Ilha de São Luís. Ontem, fiscais da Vigilância Sanitária Estadual e policiais militares percorreram alguns locais da capital, fiscalizando o cumprimento do decreto, entre eles o Bairro de Fátima.