Um novo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) passará a ser aplicado para mais séries da educação básica e também será mais uma possibilidade para o aluno ingressar no ensino superior. A portaria foi assinada pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, e publicada na edição desta quarta-feira (6), do Diário Oficial da União (DOU).
As provas desse novo modelo de avaliação do Saeb serão em papel para os 2º, 3º e 4º anos do ensino fundamental e eletrônicas do 5º ano em diante. Atualmente, o método limita-se a estudantes de 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é responsável pela aplicação da avaliação. Segundo o órgão, o exame feito pelo computador permitirá ter estimativas mais precisas da proficiência dos alunos, assim como redução no tempo da coleta de dados e da divulgação dos resultados.
Outra novidade é o ingresso no ensino superior por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) seriado a partir do novo Saeb. As provas aplicadas a alunos do ensino médio formarão uma nota a partir da pontuação adquirida em cada série desta etapa de ensino, que poderá ser utilizada para ingresso na universidade. De acordo com o Inep, os estudantes que fizerem a prova da 1ª série do ensino médio em 2021 já estarão concorrendo a vagas nas universidades para quando concluírem o ensino médio, em 2023.
Segundo o ministro da Educação, Abraham Weintraub, a medida será adotada a partir do segundo semestre de 2021 para alunos do primeiro ano do ensino médio e a implementação total será gradativa nos próximos anos.
O Enem tradicional vai continuar sendo aplicado, uma vez que o objetivo do Enem seriado é ser apenas mais uma porta de entrada ao ensino superior. “Essa é a novidade. Além do Enem tradicional, que vai continuar existindo, nós vamos oferecer também o seriado que é justamente aplicação da prova do Saeb no primeiro ano, segundo ano e no terceiro ano. E, com esse conjunto de provas, o aluno pode acessar diretamente a faculdade sem precisar fazer o Enem tradicional”, explica o presidente do Inep, Alexandre Lopes.