Depois de várias execuções, Polícia Civil prende coronel acusado de chefiar grupo de extermínio em Viana

Grupo é responsável, também, pela execução de vários guardas municipais na região

Fonte: O Informante / JP

A Polícia Civil do Maranhão prendeu, na manhã desta quarta-feira, 13, o Tenente Coronel Antônio José Ferreira, conhecido como “Coronel Ferreira”, acusado de chefiar uma organização criminosa, especializada em extermínios e assaltos, que agia há alguns anos na região de Viana, Matinha, Penalva e cidades vizinhas. Foi preso, também, o cabo Anderson Moureth Azevedo, apontado como braço direito de Ferreira.

Composto por policiais militares e guardas municipais da região, o grupo de extermínio, segundo apurou o blog O INFORMANTE (JP Online), é responsável, também, pela execução de vários guardas municipais, ao longo de dois anos, por ‘queima de arquivo’.

As investigações sobre a organização criminosa iniciaram há cerca de dois anos, ainda com a delegada Nilmar da Gama Rocha, que à época estava como assistente da Delegacia Geral de Polícia, da Secretaria da Segurança Pública. Nilma Gamar intensificou o trabalho e conseguiu prender cerca de 15 integrantes da milícia. No entanto, sofreu um acidente e teve que se aposentar, deixando as investigações em andamento com a SECCOR (Superintendência de Combate à Corrupção), que prosseguiu as apurações; desta feita, direcionadas aos chefes da organização criminosa.

Na manhã de hoje, a SECCOR, finalmente, conseguiu prender o chefe da organização criminosa, o ‘Coronel Ferreira’, e seu braço direito, o cabo Anderson Loureth. Este foi preso em São Luís, enquanto o comandante da milícia foi capturado em Viana e será transferido para a Secretaria da Segurança, em São Luís.

O Tenente Coronel Antônio José Ferreira foi comandante do Destacamento de Viana até o ano de 2015.

Há informações, não confirmadas por O INFORMANTE, de que o grupo estaria planejando uma nova execução, além das várias que fez ao longo dos anos, incluindo o assassinato de alguns guardas municipais. Estes foram mortos quando as investigações da delegada Nilmar vieram à tona. Na iminência do desbaratamento da quadrilha, diante da pressão e até prisão de guardas, a organização criminosa decidiu executar alguns deles. Os crimes tiveram grande repercussão na Baixada Ocidental Maranhense.

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