A Latam Airlines Group e suas afiliadas no Chile, Peru, Colômbia, Equador e Estados Unidos solicitaram recuperação judicial em razão dos impactos da crise do coronavírus nas operações da companhia.
Segundo comunicado da empresa, a ação, que conta com o aval das famílias Cueto e Amaro, e da Qatar Airways, dois dos maiores acionistas da empresa, visa oferecer a oportunidade de trabalhar com os credores do grupo e outras partes interessadas para reduzir sua dívida, acessar novas fontes de financiamento e continuar operando, enquanto adapta seus negócios a essa nova realidade.
O processo de reorganização financeira com base no Capítulo 11 da lei dos Estados Unidos é um amparo legal comprovado por meio da qual a Latam e as referidas afiliadas terão a oportunidade de redimensionar suas operações para o novo ambiente da demanda e reorganizar seus balanços, permitindo que emerjam mais ágeis, resilientes e sustentáveis. A Latam e suas afiliadas continuarão a voar durante todo o processo, conforme as condições permitirem.
Segundo o comunicado, “o grupo garantiu o suporte financeiro de acionistas, incluindo as famílias Cueto e Amaro, que tem um relacionamento próximo e duradouro com a Latam, e a Qatar Airways, para a obtenção de até 900 milhões de dólares em um financiamento DIP (debtor-in-possession, em inglês). Esses parceiros tem um profundo entendimento da indústria, do grupo e de seus desafios operacionais. O apoio deles demonstra uma crença na Latam, em suas afiliadas e na sustentabilidade do grupo a longo prazo. Na extensão permitida por lei, o grupo aceitaria outros acionistas interessados em participar desse processo para fornecer financiamento adicional. Além disso, no momento do pedido, o grupo tinha aproximadamente $1.3 bilhões de dólares em dinheiro disponível.”
A empresa segue em atividade, mas devido ao fechamento de fronteiras o número de voos é reduzido.