Foi localizado e preso, nessa sexta-feira (29), Mailson Regis da Silva Fontinele, de 32 anos, um dos suspeitos de envolvimento no homicídio e ocultação de cadáver da empresária Maria Hilda da Silva Pereira, mais conhecida como “Leuda”. O crime ocorreu dia 27 de março deste ano, no município de Vitorino Freire.
De acordo com a Polícia Civil, Mailson estava escondido em uma chácara na cidade de Campinas, interior do estado de São Paulo. O cumprimento do mandado de prisão foi feito por policiais civis de Campinas. Para conseguir capturá-lo, um deles se disfarçou de funcionário de uma empresa de telefonia.
“Ele estava sendo monitorado pela Polícia Civil, que encontrou o momento oportuno de efetuar a prisão. Ele mudou algumas vezes, passou em alguns estados do Brasil durante a fuga, e também morou em outro local em Campinas. O preso permaneceu calado e não apresentou qualquer informação relevante. Agora, já estamos vendo o recambiamentodele ao Maranhão, para que fique à disposição do Poder Judiciário”, explicou o delegado regional de Bacabal, Carlos Renato.
Conforme as investigações da Polícia Civil, Mailson, que é natural da cidade de Piripiri, no Piauí, foi para Vitorino Freire a convite do tio, identificado como Gonçalo de Sousa Silva, exclusivamente para participar do roubo contra a vítima que acabou resultando no homicídio.
Gonçalo de Sousa Silva é o único envolvido na morte da empresária que permanece foragido, segundo a polícia. A companheira dele, a professora Franciane Lima da Rocha, que era amiga da vítima, foi presa alguns dias após o crime. Ela confessou e deu detalhes do homicídio aos policiais.
O CRIME
No dia 27 de março deste ano, a empresária Maria Hilda da Silva Pereira foi asfixiada e, possivelmente, esquartejada dentro da casa da professora Franciane Lima da Rocha, no município de Vitorino Feire, de acordo com as investigações feitas pela Polícia Civil.
Conforme o delegado de Vitorino Freire, Rildo Portela, um dia antes do crime, enquanto bebia na casa da vítima, Franciane a dopou com o objetivo de conseguir roubá-la, mas o plano não deu certo porque ela acordou antes.
“No dia seguinte, após a tentativa de roubo, Maria Hilda foi se queixar na casa de Franciane. Lá, ela disse que isso não ficaria assim e iria atrás da polícia para conseguir as imagens e saber quem tentou roubá-la”, pontuou Portela.
Foi nesse momento, segundo teria informado Franciane em depoimento à polícia, que Mailson saiu de um dos quartos com um revólver nas mãos e rendeu a empresária, que acabou sendo morta por asfixia. Após o crime, a suspeita da polícia é que Maria Hilda tenha sido esquartejada.
Foi feita uma perícia pelo Instituto de Criminalística (Icrim) no quarto em que ocorreu o crime, onde foram encontrados vários vestígios de sangue. “O material foi colhido para fazer análise e saber se o sangue pertence à vítima ou não”, disse o delegado. Imagens de câmeras de videomonitoramento obtidas pela Polícia Civil mostram Gonçalo e Mailson deixando o local do crime.
Na moto em que Gonçalo estava aparece uma caixa amarrada na garupa, o que a polícia acredita ser o corpo da empresária. Já Mailson aparece fugindo na moto da própria vítima.
Aos policiais, Franciane disse que eles a teriam jogado em um rio localizado entre as cidades de Brejo de Areia e Altamira do Maranhão, mas o corpo segue desaparecido até hoje.