Familiares cobram justiça pela morte de gerente do Mercado da Cohab, em São Luís

Crime ocorreu no dia 17 de outubro de 2019; apesar de identificado, o suspeito segue em liberdade

Fonte: Aidê Rocha

Na manhã do dia 17 de outubro, do ano passado, o Mercado Municipal da Cohab foi palco de uma execução brutal. A vítima foi o gerente do mercado, Dimas Garcia Araújo, de 39 anos. Passados sete meses após o crime, familiares de Dimas Garcia continuam aguardando por justiça. O suspeito de efetuar os disparos contra o gerente foi identificado, mas nunca foi preso.

Robert Nilson do Nascimento Oliveira, conhecido como “Ratão”, conforme as investigações feitas pela Polícia Civil, por meio da Superintendência de Homicídio e Proteção à Pessoa (SHPP), foi o responsável pelos tiros que tiraram a vida de Dimas, que foi atingido pelo menos três vezes, quando se encontrava dentro do mercado.

Testemunhas informaram aos policiais que, um dia antes do crime, os dois discutiram devido às mudanças que seriam feitas com relação ao número de bancas para cada feirante. Na época, o mercado passava por reformas e os comerciantes iriam para espaços provisórios, montados na parte externa. Por não aceitar a redução do espaço pertencente a ele, mas que eram alugados para terceiros, o suspeito acabou tirando a vida de Dimas, segundo apontam as investigações feitas pela polícia.

Em conversa com a reportagem do Jornal Pequeno, a irmã de Dimas, professora Cristina Garcia, lamentou a falta de respostas da polícia sobre a situação e a demora na prisão do suspeito.

“Ele era um irmão querido, um homem honesto, trabalhador e muito dedicado à família, que deixou esposa e dois filhos pequenos desamparados. As autoridades competentes, ao se manifestarem sobre o caso, pedem a população contribuição com informações que levem à captura do assassino; porém, só isso não basta. Há a necessidade de filtrar essas informações e cair em campo, com diligências mais eficazes”, desabafou.

Ainda segundo a professora Cristina, a última vez que a família teve notícias sobre o desenrolar do caso foi em fevereiro. Na ocasião, ela e outros parentes de Dimas tiveram uma reunião na Delegacia Geral da Polícia Civil com os responsáveis pela investigação. “Eles nos chamaram, porque iríamos fazer uma manifestação com o objetivo de chamar atenção para a demora na resolução do caso. Pediram um tempo, que não fizéssemos a manifestação e informaram que estavam no encalço do suspeito, mas até hoje nada”, relatou.

CASO CONCLUÍDO

De acordo com o delegado George Marques, da SHPP, o caso já foi concluído e repassado à Justiça. “Agora, falta apenas a prisão do suspeito. Estamos ainda na busca de informações do paradeiro dele. A reclamação da família é natural, mas estamos fazendo muita coisa para encontrá-lo”, garantiu o delegado.

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