População não respeita o distanciamento social em ruas comerciais do centro de São Luís

Comerciantes da Rua Grande estão cautelosos sobre a volta

Fonte: Luciene Vieira

Hoje (1º), a maioria dos estabelecimentos de São Luís está liberado, com respaldo numa portaria do governo do Estado, anunciada na sexta-feira (29). Esta segunda fase de reabertura do comércio (a primeira fase foi há uma semana) ocorre com comerciantes cautelosos à transição para o chamado “novo normal”. Entretanto, nos espaços de passeio da Rua Grande, Rua da Paz e Rua de Santana – vias localizadas no centro da capital maranhense -, as pessoas não mantiveram o distanciamento uma das outras.

As lojas estão abertas sem desprezar os cuidados sanitários para evitar que uma nova escalada de casos sobrecarregue hospitais e exija novas interdições. Entre os protocolos para este setor da economia, está a obrigatoriedade do uso de máscara para que seja permitida a entrada e a permanência nas lojas, higienização das mãos com álcool em gel, e limite de pessoas nas instalações internas dos estabelecimentos; este último item ocasionou diversas filas nas portas dos empreendimentos da Rua Grande.

Houve lojas que somente permitiram cinco pessoas nelas, por vez. A cada pessoa que saía do estabelecimento, outra poderia entrar. Funcionários estão nas portas dos empreendimentos com garrafas de álcool em gel. Já nos espaços de passeio, mesmo com a presença de policiais militares, a população não respeitou o distanciamento. Nesta manhã, houve casais passeando de mãos dados, pessoas ‘coladas’ umas nas outras, tanto nas filas formadas nas portas das lojas, quanto nos bancos instalados na Rua Grande, utilizados para o descanso de quem frequenta a via.

Confira os setores econômicos que podem abrir a partir desta segunda (1):

  • Atividades agrossilvipastoris e agroindustriais;
  • Hipermercados, supermercados, mercados, açougues, peixarias, hortifrutigranjeiros;
  • padarias, quitandas, centros de abastecimento de alimentos e mercados públicos, lojas de conveniência, de água mineral e de alimentos para animais;
  • Bancos, casas lotéricas e atividades de seguros;
  • Construção civil e lojas para o fornecimento exclusivo de materiais de construção;
  • Indústrias;
  • Serviços de manutenção de energia elétrica, tratamento de água e esgotamento sanitário;
  • Serviços da atenção básica de saúde, urgências e emergências;
  • Clínicas médicas, odontológicas e de exames da rede privada;
  • Serviços de telecomunicação;
  • Comunicação e imprensa;
  • Serviços de transporte;
  • Serviço de correios;
  • Serviços de contabilidade e advocacia;
  • Farmácias e drogarias;
  • Fabricação, montagem e distribuição de materiais clínicos e hospitalares;
  • Produção, distribuição e comercialização de combustíveis e derivados;
  • Distribuidoras de gás;
  • Oficinas mecânicas, borracharias e lojas de vendas de peças;
  • Restaurantes em pontos ou postos de paradas nas rodovias;
  • Serviços relacionados à tecnologia da informação e de processamento de dados, tais como gestão, desenvolvimento, suporte e manutenção de hardware, software; hospedagem e conectividade;
  • Serviços funerários e relacionados;
  • Serviços educacionais por meio remoto;
  • Bares e restaurantes para serviços de venda remota, podendo o produto ser retirado no estabelecimento, mas vedado o consumo no local;
  • Serviços de desinsetização;
  • Serviços laboratoriais das áreas da saúde;
  • Serviços de engenharia;
  • Comércio de móveis e variedades para o lar (exceto situados em shoppings e galerias fechadas), livros, papelaria, discos, revistas e floricultura;
  • Serviços de fisioterapia, com atendimentos individualizados e com hora marcada;
  • Serviços de informática e venda de celulares e eletrônicos;
  • Serviços de Administração de imóveis e locações;
  • Comércio de óculos em geral;
  • Serviços administrativos e de escritório;
  • Serviços de formação de condutores;
  • Demais serviços prestados por profissionais liberais;
  • Hotéis e similares;
  • Salões de beleza, cabeleireiro e barbearia.

A portaria determina também que alguns setores econômicos deverão abir em horários diferentes, como forma de conter aglomeração. Confira:

Começam entre 5 e 7 horas:

  • Postos de Combustíveis
  • Panificadoras

Começam entre 6 e 8 horas:

  • Área de saúde, como serviços ambulatoriais em hospitais, clínicas, laboratórios, etc;
  • Indústrias alimentícias
  • Indústrias farmacêuticas/medicamentos
  • Construção Civil
  • Supermercados

Começam entre 7 e 9 horas:

Vigilantes, zeladores e porteiros;
Farmácias e drogarias;
Oficinas mecânicas e borracharias;
Lojas de produtos agropecuários e veterinários;
Hospitais e clínicas veterinárias;
Agências lotéricas;

Começam entre 9 e 11 horas:

  • Bancos
  • Revendas/concessionárias de veículos;
  • Barbearias e salões de beleza;
  • Comércios de rua que estejam autorizados a funcionar.

Próximas atividades

A portaria também anunciou a previsão de abertura de outros setores econômicos para as próximas semanas, tendo em vista os indicadores epidemiológicos da doença no estado do Maranhão.

Poderão funcionar a partir do dia 15 de junho:

  • Demais lojas de rua, tais como sapatarias, lojas de roupas, presentes e congêneres;
  • Lojas situadas em shopping centers (vedadas praças de alimentação, cinemas, áreas infantis, restaurantes e a realização de eventos).

Dia 22 de junho:

  • Academias de ginástica e esportes;

Dia 29 de junho:

  • Bares e Restaurantes;
  • Praças de alimentação em shopping centers.

Todos os estabelecimentos deverão seguir medidas sanitárias tais como:

  • Uso de máscaras;
  • Distanciamento mínimo obrigatório;
  • Assepsia, higienização e limpeza;
  • EPIs

É necessário disponibilizar nos pontos de maior circulação de trabalhadores e clientes (recepção, balcões, vestiários, corredores de acesso às linhas de produção, refeitórios, área de vendas, elevadores, escadas, etc.) locais para a lavagem adequada das mãos, se não for possível disponibilizar soluções de álcool gel 70% e/ou sanitizantes ou produtos antissépticos que possuam efeito similar.

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