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Mudanças climáticas no Maranhão aumentam riscos de doenças respiratórias

Médico recomenda cuidados preventivos diante da transição do clima e em meio à pandemia

Fonte: Redação

Pela climatologia, o mês de junho marca o fim da chamada transição climática no Maranhão, quando o período chuvoso se encerra para dar início ao “verão maranhense”, período marcado pela longa estiagem, que se estende até o fim do ano. É nesse momento que, com o sobe e desce de temperatura e a umidade ainda bem mais alta que o registrado no segundo semestre, surgem doenças e complicações respiratórias, como sinusites, pneumonias, além da incidência de gripes e resfriados.

Diante da pandemia do novo coronavírus, é preciso se ter ainda mais cuidado com a prevenção desses problemas de saúde já típicos do período.

“Mudanças bruscas de temperatura costumam deixar as pessoas com imunidade baixa, o que deixa o organismo vulnerável, aumentando o risco de doenças”, comentou Hélio Palácio, médico clínico geral do Hapvida Saúde.

PREVENÇÃO

Se não dá para fugir dessas mudanças, o jeito é aprender a lidar com elas. Uma dica importante do médico é ficar vigilante com a hidratação. “Uma boa hidratação, que inclui ingestão de frutas, legumes e verduras com bastante água, é fundamental para melhorar a imunidade, principalmente se o clima estiver seco. Mesmo não sentindo sede, carregue uma garrafinha de água com você e dê pequenos goles de tempos em tempos”, orientou.

Dr. Hélio Palácio recomenda hidratação, higiene frequente e alimentação balanceada (Foto: Divulgação)

Para manter a saúde fortalecida, outra recomendação é a alimentação balanceada, responsável por elevar a imunidade, criando uma barreira contra complicações decorrentes do sobe e desce de temperatura. Com o atual e necessário isolamento social para evitar o contágio do novo coronavírus, as aglomerações já são evitadas, mas algumas famílias ainda enfrentam outro problema na quarentena: o convívio com muita gente em espaços relativamente pequenos ou até minúsculos, cena comuns nos bairros onde vivem pessoas economicamente menos favorecidas. O ideal, nesses cenários, é manter a ventilação dos ambientes, para que permaneçam arejados.

“Lugares fechados e com muitas pessoas favorecem a transmissão de doenças pelo ar e pelo contato”, lembrou Hélio Palácio. Como a variação de temperatura já deixa o corpo mais frágil, lugares como esses são propícios para proliferação de vírus e bactérias. Além disso, essa concentração pode deixar o local abafado demais, causando queda de pressão e mal-estar. Mas, quando o sol aparecer, mantenha as portas e janelas abertas.

“Às vezes, por viverem em áreas próximas a córregos, canais ou com esgotos próximos, as pessoas tentam evitar a entrada de insetos em casa deixando-as completamente fechadas. Entretanto, ao impedir a circulação de ar, você favorece a proliferação ou a estagnação de vírus, fungos e bactérias no ambiente. Como eles não são levados pela corrente de ar, acabam ficando concentrados nos cômodos da casa”, alertou.

IDOSOS E CRIANÇAS

Quando se trata de mudanças na temperatura e a queda da imunidade, os idosos e as crianças costumam ser os mais afetados. “As mudanças de clima são suficientes para deixarem esses dois públicos mais expostos às doenças que se proliferam com frequência nesse período”, explicou o médico, que recomenda cuidados redobrados para pessoas dessas faixas etárias.

“Tanto os idosos quanto as crianças precisam realizar regularmente consultas e check-up médico. Em caso de sintomas insistentes por mais de uma semana, é preciso buscar orientação médica. O diagnóstico precoce é o que pode evitar sérias complicações e salvar”, concluiu.

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