O papel dos profissionais das UTIs na recuperação de casos graves da Covid-19

A rotina dos profissionais da saúde que cuidam de pacientes com a Covid-19 nas UTIs é uma verdadeira corrida para salvar vidas.

Fonte: Redação/Assessoria

“Não tem sensação melhor do que você fazer o seu trabalho, ser reconhecido e ter um resultado positivo que é a cura do seu paciente”, conta Ariana Torres, coordenadora de enfermagem e intensivista do Hospital Regional Alarico Nunes Pacheco, em Timon. A unidade de saúde faz parte da rede de assistência a casos da Covid-19 e reúne profissionais que diariamente se empenham para salvar pacientes graves da doença.

A rotina dos profissionais da saúde que cuidam de pacientes com a Covid-19 nas UTIs é uma verdadeira corrida para salvar vidas.

“Lembro exatamente quando o nosso primeiro paciente recebeu alta e saiu curado, foi emocionante. Não tem como a gente não se emocionar, pois vemos diariamente tanto sofrimento, tanto medo e no fim do túnel ter uma imagem boa para lembrarmos o porquê de estarmos fazendo isso é muito bom”, completa Ariana.

Na cidade de Timon, a rede de atendimento foi reestruturada para receber pacientes com o novo coronavírus. O Hospital Regional Alarico Nunes Pacheco é referência na região para tratamento de casos da doença.

De acordo com o diretor técnico da unidade de saúde, Candilberto Filho, o Hospital Regional de Timon, nos últimos dois anos vem passando por um processo de transformação, solucionando problemas de média e a alta complexidade.

A equipe que trabalha nas UTIs é formada por médicos intensivistas e nefrologistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas, profissionais que são responsáveis por cuidar diretamente da medicação, alimentação, do banho e dos equipamentos que mantêm os sinais vitais dos pacientes com a doença nos leitos de UTI.

“São pacientes críticos, graves, instáveis e que requerem uma sobrecarga enorme de cuidados. Esses profissionais são verdadeiros heróis, sem nenhum clichê. Eles se dedicam a esse trabalho, saem das suas casas, alguns vão morar em hotéis, abdicando do convívio com seus familiares para justamente enfrentar essa doença tão devastadora”, complementa Candilberto Filho.

O médico Jonas Galeno é intensivista na unidade de saúde e conta que teve que se afastar de todos os seus familiares por medo de transmitir a doença para eles. “O medo que muitos de nós temos é por nossos familiares. Alguns de nós estão isolados, eu inclusive mandei toda a minha família para outro município para que eu pudesse ficar só em casa”, conta.

Eleita por unanimidade entre os profissionais de saúde, sem dúvidas, a alta médica é o momento mais emocionante para toda a equipe clínica. “Não tem como não se envolver com o momento e com os pacientes, não tem como se manter alheio. Cada um ali tem uma história, tem uma família aguardando o retorno. Saber que você fez a diferença na vida de uma pessoa, de uma família traz um conforto e uma paz, mesmo que momentânea, pois o trabalho continua e temos ainda muitos outros pacientes na luta pela vida”, destaca o médico Jonas Galeno.

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